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JANEIRO: O ENCONTRO DO PASSADO E DO FUTURO

    JANEIRO: O ENCONTRO DO PASSADO E DO FUTURO

                                                                                  Julio Borges Filho

O nome “janeiro” para o primeiro mês do ano vem de “Janus”, o deus da mitologia romana, de duas faces: uma olhando para trás e a outra olhando para frente. É essa a sensação que sentimos ao entrarmos no novo ano. A memória recente do ano findo permanece viva, mas olhamos para frente com esperança.

2016, de triste memória, passou, mas os reflexos deles continuam perturbando a visão do futuro. Movimentos manipulados de rua, golpe parlamentar que derrubou a Presidenta do Brasil, com o apoio explícito e implícito do Ministério Público, do Poder Judiciário, e da mídia controlado por cinco família ricas. A manobra política de umas dez pessoas corruptas, cujos nomes são tristes de lembrar, movimentou o sentimento das elites brasileiras e sepultou a esperança dos pobres e excluídos num retrocesso em nossa história só comparado ao do golpe militar de 1964.

De repente o Brasil, o país mais rico do mundo em recursos naturais, volta a ser um país subserviente falando grosso com a Venezuela e fino com os EUA, com um governo fraco cuja política econômica está a serviço dos ricos vendendo a preço de banana a Petrobrás e sacrificando os pobres e trabalhadores. Crise institucional com o Judiciário acuando os políticos e encobrindo sua própria corrupção, reação natural do Legislativo com o abuso de autoridade e os supersalários, um executivo fraco e um Ministério Público querendo ser o quarto poder da República fazendo vergonhosamente política às nossas custas.  No mundo os acontecimentos não foram melhores: guerras, imigrantes peregrinando pela Europa, preconceito, fundamentalismo religioso, terrorismo, eleição de Trump nos EUA, desastres, agressão ao meio ambiente. Os acontecimentos bons foram poucos: solidariedade humana, Olimpíadas Rio 2016, acordo mundial sobre o clima, ação cristã e profética do Papa Francisco a favor dos pobres e excluídos e pela paz no mundo, aproximação dos EUA e Cuba, e outras ações-sinais bons de uma maioria silenciosa dizendo que nem tudo está perdido.

Para frente, o que nos espera? A crise econômica e política continua, e sabemos que só eleições diretas resolveria em parte os problemas. A perseguição a Lula continua para tirá-lo de 2018, a venda de nossos recursos naturais continua, e a imagem do Brasil no exterior continuará péssima. 2017 começa mal. Todavia Deus deu autonomia ao homem para resolver problemas e este é o seu mandato cultural. Sonhamos com um Brasil mais solidário, menos preconceituoso, mais justo e mais humano. Espero que as esquerdas brasileiras se unam diante de uma direita forte que não se interessa pelas mazelas de nosso povo e defende um capitalismo cada vez mais selvagem e opressor e, até mesmo, o fascismo. E por que não sonhar com um Pacto Nacional pelas forças políticas mais lúcidas?

Na Bíblia o tempo presente é o tempo intermediário onde o passado e o futuro são chamados e se expressam em atos de amor e compaixão ou em atos egoístas e maus. Cada um de nós tem parte na construção de um futuro melhor onde a esperança possa sorrir para todos. Por isso, como um bom otimista esperançoso, desejo a todos UM FELIZ ANO NOVO.

(Artigo recuperado janeiro de 2017)

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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