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SER COMO CRIANÇA NÃO É SER INFANTIL

Por Nilson Pereira de Moura – Bacharel em Teologia e Pastor da ICB. (Aniversário – Júlia, 06/5/2012)

“Naquele momento os discípulos chegaram a Jesus e perguntaram: Quem é o maior no Reino dos céus? Chamando uma criança, colocou-a no meio deles, e disse: Eu lhes asseguro que, a não ser que vocês se convertam e se tornem como crianças, jamais entrarão no Reino dos céus. Portanto, quem se faz humilde como está criança, este é maior no Reino dos céus. Quem recebe uma destas crianças em meu nome, está me recebendo. Mas se algum fizer tropeçar um destes pequeninos que creem em mim, melhor lhe seria amarrar uma pedra de moinho no pescoço e se afogar nas profundezas do mar”.

As crianças adoram comemorarem e celebrarem seus aniversários, e a cada ano que se passa vem o seu crescimento físico, emocional, psicológico e espiritual. Eu particularmente, não vejo as crianças como infantis, pelo contrário as tenho como pessoas inteligentes e maduras nas suas atitudes. Apenas algumas juntam criancice com infantilidade.

Por outro lado, vejo muita gente grande e já na fase adulta, sendo infantil nas suas atitudes e em seus relacionamentos. Há uma grande diferença entre ser infantil e ser como uma criança. O psicólogo e teólogo Mark Baker afirma:

“ser infantil é ser imaturo e recusar-se a assumir a plena responsabilidade pelas próprias ações. Ser como as crianças é assumir responsabilidade e ao mesmo tempo ser capaz de entregar-se às emoções”.

As crianças sabem se entregar as emoções e sabem ser felizes. Jesus sabia o que estava fazendo e falando quando colocou uma criança entre seus discípulos adultos e preconceituosos, porque ele também viveu as emoções de ser uma criança e ser feliz. Ele sabia que ser como criança é ser uma pessoa simples, sincera, transparente, espontânea, ser inocente sem ser imatura. Ser como uma criança é não se preocupar com as coisas de gente adulta. Porque o adulto se torna rabugento e cheio de manias, perdendo o seu lado criança, ou seja, perdendo a simplicidade, a sinceridade, a espontaneidade, a inocência, a transparência. Deixam de ser lúdicos. A criança é pessoa sem travas.

A Bíblia ensina que Jesus como criança também fazia aniversário como todas as crianças que estão fazendo aniversário.

Olha só o que o doutor e evangelista Lucas escreve sobre o menino Jesus (suspeito de que ele era pediatra) – Luc. 2.40, 52. Ele afirma:

“O menino crescia e se fortalecia, enchendo de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele”.

“Jesus ia crescendo em sabedoria, estatura e graça diante de Deus e das pessoas”.

É a prova do seu crescimento, fortalecimento, sabedoria e de que a graça de Deus estava com ele. Assim como a graça de Deus continua sobre todas as crianças.

Conclusão, as crianças crescem em estatura, ficam fortes, crescem em sabedoria e graça diante de Deus e das pessoas, ou seja, ficam adultas, mas as crianças não podem perder a criança emocional que existe dentro delas. Ouçam crianças! Cresçam, mas não se tornem rabugentas e preconceituosas como as pessoas adultas. Assim como Jesus, é necessário crescer em tamanho, em sabedoria e também ser fortes diante de Deus e das outras pessoas. Aos adultos, que se tornem como crianças na simplicidade, na sinceridade, na inocência, na espontaneidade e na transparência. Lembre-se, ser como criança é não ser infantil e imaturo emocionalmente, psicologicamente e espiritualmente. Seja forte e sábia no seu crescimento em todos os sentidos de sua vida sem perder a criança que sempre existirá em você. Deus abençoe sua vida.

 

Nilson Pereira de Moura

Nilson Pereira de Moura nasceu em 1957 na cidade de Posse-GO. É casado há 25 anos e pai de três filhos. É bacharel em Teologia, com concentração em Ministério Pastoral, pela Faculdade Teológica Batista de Brasília – FTBB (1999). Ordenado ao Ministério Pastoral pela Igreja Cristã de Brasília, em 09 de dezembro de 2001, em Concílio presidido pelo Pastor Júlio Borges de Macedo Filho. Foi posteriormente aprovado em Concílio Especial de reconhecimento de exame realizado pela ICB pela Ordem dos Pastores Batistas do Brasil, em 22 de setembro de 2009. Pastoreou como membro do Colegiado de Pastores na Igreja Batista do Jardim Paquetá, na cidade de Planaltina de Goiás, no período de março de 2008 até 13 de novembro de 2010, período que julga de extrema relevância para o seu Ministério Pastoral. Após essa experiência gratificante retornou à Primeira Igreja Batista de Sobradinho-DF (PIBS), onde ocorreu sua conversão em dezembro de 1980 e batismo em 23 de agosto de 1981. Permaneceu como pastor membro na PIBS de 14 de novembro de 2010 até 19 de julho de 2011, quando resolveu retornar à equipe pastoral da Igreja Cristã de Brasília em 24 de julho de 2011, onde foi recebido com grande alegria e unanimidade. É muito grato a Deus pela experiência adquirida na caminhada cristã. Em 18 de agosto de 2013 foi recebido como membro efetivo na Primeira Igreja Batista de Sobradinho – PIBS/DF. No dia 30 de novembro de 2014 retornou à Equipe Pastoral da ICB de copastor. Em 19 de abril de 2015 por aclamação, retornou a PIBS, na qualidade de membro efetivo. Servidor público federal, aposentado do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, onde ingressou em 03 de janeiro de 1979. Atuou na Área de Gestão de Pessoas da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda-SPE/MF, e na Secretaria de Patrimônio da União do Ministério do Planejamento – SPU/MP, no assessoramento técnico da ASTEC, em gestão de Pessoas. Posteriormente, exerceu a função de parecerista na Secretaria de Recursos Humanos – SRH/MP, tendo encerrado a sua participação no MPR na Subsecretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão, onde exerceu os cargos de Assistente, Assessor Técnico e Chefe de Divisão por vários anos. Encerrou sua carreira no IPEA ocupando a atribuição de Auditor substituto, na Auditoria Interna do órgão. Em paralelo, exerceu o cargo de Diretor de Administração e Finanças da Associação dos Funcionários do IPEA-AFIPEA, cargo pelo qual foi eleito para o Biênio 2011/12, acumulando também o cargo de Secretário-Executivo da AFIPEA-SINDICAL. Cargos exercidos até 30 de maio de 2013.

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