Sermões

Deus é Amor

  Sermões sobre “Deus é amor” (1): D E U S  É  A M O R  – 1 Jo. 4:7-13; 1 Co. 13:4-8

Pastor Julio Borges Filho

Amados, amemo-nos uns aos outros, porque o amor procede de Deus, e todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Nisto se manifestou o amor de Deus em nós em haver Deus enviado o seu Filho unigênito ao mundo, para vivermos por meio dele. Nisto conhece o amor: não que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados. Amados, se Deus tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros – 1 João 4:7-11.

 

O amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba… – I Coríntios 13:4-8.

 

INTRODUÇÃO

– Minhas primeiras imagens de Deus:

1ª) Quando me ensinaram a contar na Juvenil (EBD para crianças) da Congregação Batista de Curimatá o corinho Cuidado olhinho no que vê… O Salvador do céu está olhando pra você. Cuidado…” , eu associei a imagem de Deus a uns retratos de papai, mamãe e vovó na sala de visitas lá de casa. Os olhos deles me acompanhavam em qualquer lugar da sala. Assim era Deus para mim: um vigia atento a tudo de ruim que eu fazia, e isso me perseguiu durante boa parte de minha vida gerando sentimento de culpa por pequenos delitos e até por coisas naturais da vida.

2ª) A pregações enfatizando nossos pecados e a consequente punição de Deus aliadas a uma leitura superficial do AT, trouxeram-me uma segunda imagem: um Deus vingativo, permanentemente irado com os pecadores… Isso agravou minha culpa e pecaminosidade, embora fosse considerado um rapaz virtuoso.

3ª) A imagem de um Deus egoísta e ciumento me veio já jovem em Recife. Era um Deus que exigia tudo de mim e me dava muito pouco.

 

– Minhas primeira imagens de Deus eram equivocadas, mas estão presentes na mente e no coração de muita gente formada em nossas igrejas e é causa de muitas doenças mentais e espirituais. Hoje eu me apaixonei pelo Deus verdadeiro revelado em Jesus Cristo: um Pai amoroso que quer nos ver salvos e livres, que nos respeita e nos conhece e mesmo assim nos ama. É sobre este Deus maravilhoso que eu desejo falar nos próximos meses, começando por desconstruir as imagem equivocadas geradas em nossas igrejas e por nossos pregadores nos corações de muitas pessoas.

 

  1. A MENTIRA QUE NOS CONTARAM
  1. Técnicas de dominação

– “Se você acha que existe alguma boa dentro de você, Deus vai derrubá-lo porque você é mau” – “Amém”, grita uma platea submissa.

– “Deus não vai compartilhar sua glória com você nem com ninguém” –  “Amém”, diz alguém alienado.

– “Deus é Deus, e se ele tiver de levar um de seus filhos para chamar sua atenção, ele o fará” – “É verdade!…” concorda alguém e outros concordam com a cabeça.

Essas são cenas comuns em muitas igrejas que permanecem por muito tempo na memórias das pessoas gerando imagens equivocadas sobre Deus.

 

  1. Um Deus pouco amigo que não atrai os seres humanos. À luz deste Deus, o medo arrebata corações: medo do arrebatamento da igreja, da segunda vinda de Cristo (Ilustração: A velhinha paralítica no teste de um pastor sobre a 2ª vinda de Cristo). Tal Deus não pode ser amado.

 

  1. Mentiram a respeito de Deus

O perigo de seguirmos o fluxo da religião popular (geralmente é idólatra) nos faz cúmplices da mentira e, sem perceber, nos devíamos da verdade sobre Deus.

 

– Confundindo Deus com o diabo. Os fariseus e os religiosos da época de pintaram um retrato de Deus que parecia o demônio. Hoje não somos diferentes. Em nome de Deus se mata (Ilustração 1: 11/09/2001, o atentado às torres gêmeas do World Trade Center, e pregação de líderes cristãos: Deus castigando os EUA. Ilust. 2: Aids como uma praga divina para os homossexuais). Todas as coisas ruins são atribuídas a Deus como se Deus tivesse o caráter e a personalidade do demônio.

 

 

 

  1. A SUPREMA REVELAÇÃO: DEUS É AMOR – 1 João 4:7-13
  1. A prova disso é Jesus Cristo – Jo. 3:16; Lucas 15:11-32; Romanos 5:8

 

  1. As pessoas sabem instintivamente que Deus é amor.

 

  1. Só podemos sentir verdadeiramente a presença de Deus amando as pessoas. Este é o segredo da igreja: viver o novo mandamento de Jesus, e é esta a lógica de João, o apóstolo do amor: Amados, se Deus de tal maneira nos amou, devemos nós também amar uns aos outros. Se uma comunidade cristã conseguir fazer isso, tudo virá como consequência. É o poder atrativo da igreja. O mundo violento e preconceituoso clama por isso.

 

CONCLUSÃO: 1 Co. 13:4-8 

– Deus é paciente

– Deus é benigno e não manipula ninguém

– Deus não é ciumento

– Deus não se vangloria

– Deus não é orgulhoso

– Deus não se irrita

– Deus não guarda rancor

– Deus alegra-se com a verdade e não com a injustiça

– Deus se importa conosco

– Deus nunca acaba

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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