LADRÕES DA ESPERANÇA
“E foram para Jerusalém. Entrando Ele no templo, passou a expulsar os que ali vendiam e compravam; derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas…” – Marcos 11:15
A expulsão dos vendilhões do templo de Jerusalém por Jesus foi o estopim para a conspiração contra Ele que o levou à prisão, julgamento e morte na cruz. Ele contrariou os interesse dos banqueiros da cidade que, aliados aos sacerdotes, exploravam o povo simples que vinham oferecer sacrifícios no templo. As moedas para as ofertas tinham de ser sagradas, e as pombas e animais oferecidos em sacrifícios tinham de ser puros, sem defeitos. Isso só os banqueiros saduceus poderiam providenciar com a bênção dos sacerdotes.
A corrupção de ontem e de hoje roubam a esperança do povo. Em quem confiar se líderes políticos, econômicos e religiosos são corruptos? Tudo é vendido, inclusive orações e milagres. O mesmo é válido para a manipulação popular para servir interesses políticos. Onde está a verdade?
Só Jesus, como o chicote nas mãos, para ensinar que com o povo não se brinca. Qualquer projeto que busca o poder para se servir (corrupção), ou pelo próprio poder (tirania) é corrupto. A história é um cemitério de impérios. O julgamento de Deus é o único justo e implacável para os líderes políticos, econômicos e religiosos, e também para funcionários desonestos que ainda não descobriram que o poder só se legitima pelo serviço e pela busca do bem comum.
Oremos pelo nosso Brasil neste momento de julgamento e desesperança. Que a justiça seja justa em seu julgamento. Precisamos do chicote divino em todas as áreas da sociedade. Quando Jesus morreu na cruz do Calvário parecia que o mal, a injustiça, a corrupção, o desespero e a morte triunfariam. Mas Ele ressuscitou na manhã do domingo de Páscoa, e o bem, a justiça, a honestidade, a esperança e a vida têm a última palavra.
Feliz páscoa!…
O pastor-amigo: Julio Borges Filho