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A REPÚBLICA DA INSENSATEZ

       A REPÚBLICA DA INSENSATEZ

Julio Borges Filho

Dormi às 23 horas do dia 24 de abril de 2018, acordei a uma hora do dia 25, e não consegui dormi mais preocupado como o meu país e com seu maior líder político na prisão. Tive um estalo e resolvi ligar o computador para expressar em palavras a razão de minha insônia.

Não foi um juiz sábio, mas um insensato, que ordenou a prisão do ex-presidente Lula. Lula preso é mais forte do que solto porque um preso incômodo. E foi sua prisão que trouxe à tona sua insensata condenação combinada em primeira e segunda instâncias por causa de um Triplex em Guarujá que os insensatos procuradoras da Lava Jato e seu juiz insensato, ajudados por uma mídia insensata, transformaram num luxuoso apartamento de três andares. O MTST – Movimento dos Trabalhadores sem Teto, por causa da prisão de Lula, invadiu o famoso tríplex com o lema: “Se é de Lula, é nosso”.  Filmaram tudo, e eis que nada do que foi dito era verdade. O MST organizou um acampamento próximo à prisão do ex-presidente na sede da PF em Curitiba mantendo aceso o movimento por Lula Livre, e personalidades sensatas do Brasil e do mundo se uniram num clamor contra a insensatez que tomou conta de nossa República cuja capital não é Brasília, mas Curitiba. Uma insensata juíza de nome bonito de música de Chico Buarque impede, com autoritarismo, que se visite Lula. Chocou-me ver o grande Leonardo Boff já de cabelos brancos e de bengala, sentado na porta do prédio diante de alguns constrangidos policiais federais, impedido de levar assistência espiritual ao preso mais famoso do Brasil. Depois ele mesmo contextualizou a condenação de Jesus no julgamento final: “Estive preso e me impediram de ser visitado.”

A insensatez tomou conta de nosso Brasil desde a eleição de 2014, quando o insensato candidato derrotado, não se conformou. Um insensato presidente da Câmara dos Deputados só foi preso e cassado, depois de muita insensatez culminando com a insensatez maior de aceitar o pedido de impeachment de uma presidente honesta, com argumentos insensatos e forjados, para colocar um presidente corrupto e insensato no poder que colocou em prática o insensato programa de governo perdedor. Uma Câmara insensata e um Senado insensato com o apoio de um Supremo insensato e manobras insensatas e criminosas do famoso juiz insensato de Curitiba que levaram multidões insensata às ruas, cassaram a presidente. E o insensato juiz nunca foi julgado pelos seus crimes pelo CNJ. Daí pra frente, só insensatez: O STF violou a Constituição permitindo prisão na segunda instância com o placar de 6×5, o que levou ao objetivo insensato final: a prisão de Lula. Num gesto sensato, diante de milhares de apoiadores em São Bernardo do Campo, o ex-presidente fez um discurso histórico após homenagear sua esposa que teve morte prematura provocada pela insensatez fascista que violou sua residência e gravou conversas íntimas da família jogando no JN da Globo, para, finalmente, se entregar e com isso confrontar o insensato sistema jurídico-policial que tomou conta do Brasil e que nos envergonha no mundo. E, pasmem, cristãos evangélicos jejuaram e oraram pedindo a Deus a prisão de Lula.  A direita insensata já produziu um filme insensato (Ninguém está acima da lei) e até uma série igualmente insensata, o Maquinismo. Em contrapartida, a esquerda produziu o filme “O processo” que está fazendo sucesso na Europa e deve chegar ao Brasil.

Só agora um pouco de sensatez e sabedoria penetra no Supremo através de sua segunda turma que tirou do tribunal de exceção de Curitiba a delação da Odebrecht sobre o Sítio de Atibaia e o suposto terreno do Instituto Lula, e ministros admitem que Lula pode ser solto e concorrer à Presidência. É que, diante de tanta insensatez, vamos precisar de nosso maior líder político para tirar o Brasil da insensata confusão institucional que se meteu. Ele é o único que tem força para enfrentar a Rede Globo e a insensatez que tomou conta do Brasil. Todavia a insensata turma de procuradores da Lava Jato, dominada por um fundamentalismo já criticado até pelo conservador Estadão por se considerarem senhoras da verdade e não aceitarem críticas, mas criticarem violentamente até o STF, deve recorrer da decisão do Supremo. Entendo, porém, que já é hora do Supremo acabar com esse desmando jurídico

Quanto a mim, cansado de tanta insensatez, até de preciosos amigos, vou dormir agora em paz após este desabafo profético. Afinal, já são 2 horas e 15 minutos e sou um homem sensato que não gosta de vigílias noturnas.

                                                                                  Brasília, 25 de abril de 2018

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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