JANEIRO: O ENCONTRO DO PASSADO E DO FUTURO
JANEIRO: O ENCONTRO DO PASSADO E DO FUTURO
Julio Borges Filho
O nome “janeiro” para o primeiro mês do ano vem de “Janus”, o deus da mitologia romana de duas faces: uma olhando para trás e a outra olhando para frente. É essa a sensação que sentimos ao entrarmos no novo ano. A memória recente do ano findo permanece viva, mas olhamos para frente com esperança.
2019, de triste memória, passou, mas os reflexos dele continuam perturbando a visão do futuro. Inicia-se um governo de trevas com retrocessos terríveis na cultura, na educação, na economia, na política, nas relações exteriores, no meio ambiente, nos direitos humanos, etc.. Figuras sinistras dominam o poder executivo instituindo a autoverdade (mentira), o ódio e a truculência como forma de governar. Assim a esperança dos pobres e excluídos foi quase sepultada, e o riso dos ricos movimenta a economia. De repente o Brasil, o país mais rico do mundo em recursos naturais, volta a ser um país subserviente falando grosso com a Venezuela e fino com os EUA. Com um governo fraco cuja política econômica está a serviço dos ricos vendendo a preço de banana nosso petróleo e patrimônio, e sacrificando os pobres e trabalhadores. A ignorância reina de forma vil e brutal. Os sinais bons são poucos: O STF acordou trazendo um pouco de normalidade no judiciário até então preso à Operação Lava Jato com suas mentiras, corrupção e violência à constituição, tudo desmascarado no Lava Jato. Lula é finalmente solto e espera-se a reação da maioria silenciosa dizendo que nem tudo está perdido, e o Congresso Nacional, aproveitou o vazio de poder, deitou e rolou. No plano internacional veio o início impeachment de Trump e voz profundamente cristã do Papa Francisco dizendo que “não há democracia com fome, nem desenvolvimento com pobreza, nem justiça na desigualdade.”
Para frente, o que nos espera em 2020? Do governo apenas a continuação de trevas e caos com o aumento da miséria e pobreza, incentivo ao preconceito e a discriminação religiosa. Deus deu autonomia ao homem para resolver problemas e este é o seu mandato cultural. Sonhamos com um Brasil mais solidário, menos preconceituoso, mais justo e mais humano. Espero que as esquerdas brasileiras se unam diante de uma direita forte que não se interessa pelas mazelas de nosso povo e defende um capitalismo cada vez mais selvagem e opressor que promove a desigualdade e injustiça sociais e, até mesmo, o fascismo.
Na Bíblia o tempo presente é o tempo intermediário onde o passado e o futuro são chamados e se expressam em atos de amor e compaixão ou em atos egoístas e maus. Cada um de nós tem parte na construção de um futuro melhor onde a esperança possa sorrir para todos. Por isso, como um bom otimista esperançoso, desejo a todos UM FELIZ ANO NOVO.