LIÇÕES DO CORONAVÍRUS
LIÇÕES DO CORONAVÍRUS
Julio Borges Filho
Como um pequenino ser, invisível aos olhos humanos, consegue apavorar o mundo ao ponto da OMS decretar estado de pandemia? Precisamos aprender com ele algumas lições.
:: Não faz acepção de pessoas – Começa atingindo as classes alta e média alta dos países mais ricos do mundo, aqueles que viajam pelo mundo, e pode alcançar a todos e, ao chegar aos pobres e esquecidos vai se alastrar rapidamente.
:: A fragilidade dos projetos humanos denunciada por Tiago na Bíblia é demonstrada. O COVID-19 derrubou as bolsas dos investidores que só pensam no lucro própria e são insensíveis a sofrimento do povo, fechou quase tudo e provoca trilhões de dólares de prejuízo em todo o mundo. Muitos projetos são adiados ou cancelados.
:: Humilha a ignorância e a insensatez – Nos países mais desenvolvidos se tem levado o coronavírus a sério. Aqui no Brasil irresponsáveis e ignorantes levaram milhares às ruas para apoiar um presidente incapaz e, o insano presidente, além de incentivar tal insensatez ainda saiu apertando as mãos das pessoas mesmo sendo um suspeito de estar contaminado. Resultado: panelaço, seu próprio guru decretando: “ele já era”, e um emigrante desafiando na porta do Planalto: .”Você não mais presidentes…”, e pedido feito para que uma junta médica examine a sua sanidade mental. É uma vergonha para os brasileiros.
:: Derrotou o neoliberalismo econômico que tomou conta de muitos países. Na Itália, Espanha e França estão estatizando empresas que foram privatizadas, e até mesmo hospitais privados são estatizados para o bem comum. A comercialização da saúde é a herança pior da teoria econômica liberal. No Brasil a salvação está no SUS – saúde para todos.
:: A solidariedade humana pregado por Jesus é a única saída para a crise. Israelitas e palestinos se unem para vencer a pandemia. O discurso de ódio é fracasso certo. Só o amor constrói.
:: Somos seres finitos e vulneráveis aos males deste mundo. O próprio Jesus nos avisou: “No mundo tereis aflições…” A fé nos dá certeza da vitória, mas não nos vacina com as provações. Cuidado, pois, com os charlatões da fé popular.
:: A humildade e prudência são nossas melhores armas para minimizar a pandemia. Reconhecer a nossa finitude e curtir no confinamento a família como célula mater da sociedade. Voltemos a ser crianças recuperando a alegria e o bom humor.
Bem, certamente há outras lições para se aprender porque somos etenos aprendizes.