Evangelho de João: O Senhor da natureza e das circunstâncias adversas
EVANGELHO DE JOÃO: VIDA PARA A CIDADE – Pastor Julio Borges Filho
Sermão 5: O Senhor da natureza e das circunstâncias adversas – João 6:16-21
Introdução:
– Depois de alimentar os cinco mil, e depois da intenção da multidão de querer proclamá-lo rei, Jesus, segundo Mateus, ordenou a seus discípulos que voltassem de barco para Cafarnaum enquanto Ele despedia aas multidões. Após a partida do povo Ele subiu ao monte para orar sozinho. Chegada a “segunda tarde”, isto é a hora entre o crepúsculo e a escuridão, Jesus não havia ainda retornado. O discípulos andaram uns cinco quilômetros quando de repente o mar começou a agitar-se por um forte vento. O barco era açoitado pelas ondas porque o vento lhe era contrário. Não saiam do lugar e a noite de lua cheia chegou. Foi uma noite clara, mas difícil, mesmo para pescadores experimentados.
– Na quarta vigília da noite (três da madrugada) Jesus veio ter com eles andando sobre as águas. João narrou sucintamente este milagre para apresentar Jesus como O Senhor da natureza e das circunstâncias adversas. Por isso a conclusão lógica dos apóstolos: Verdadeiramente és o Filho de Deus. Aproximemo-nos do texto com temor e devoção e descubramos a grandeza do nosso Senhor e as nossas limitações.
I. Nossa vida é como um barco
1. Navegar é preciso.
2. Há momentos que perdemos o controle.
3. Precisamos de Jesus conosco para chegar ao nosso destino
– E logo o barco chegou a seu destino.
– “Meu barco é pequeno e grande é o mar/ Jesus segura minha mão.
Ele é meu piloto e tudo vai bem na viagem pra Jerusalém.”
II. A arte de andar sobre as águas
- É preciso leveza para se andar sobre as águas. Jesus era leve. A tentação política foi vencida no monte de oração em Betsaida Julia. Os discípulos é que estavam pesados (medo, ansiedade, desespero…). Nossas cargas são pesadas… Sentimento de culpa, ressentimentos, amarguras, ansiedade, estresse, etc. IL: Minha experiência de morte em julho de 1973, em Guarapari-ES. O corpo que partia era puro, livre e leve; o corpo que ficava era pesado, cheio de preocupações e ansiedades. Lançai sobre Ele toda a vossa ansiedade porque Ele tem cuidado de vós.
- É preciso coragem de aventureiro. O medo dos discípulos: É um fantasma!… Veja a experiência de Pedro conforme Mateus 14:28-31.
- É preciso fé – Homem de pequena fé, por que duvidaste?
III. O Senhor da natureza e das circunstâncias adversas
- A ardente expectativa da criação: a manifestação dos filhos de Deus – Rm 8:19
– Quando o Filho de Deus se manifestou as feras ficaram mansas, o mar se aquietou, o vento forte é repreendido como um menino travesso, os peixinhos ouvem a sua voz, as aves do céu e as flores do campo são poetizadas, o sol de esconde de vergonha, a terra treme protestando… A natureza é reconciliada. O Cristo ressurreto come tilápias do mar da Galiléia abrindo perspectiva de redenção para todas as criaturas de Deus.
– Devemos como filhos de Deus nos manifestar… Lutar por um desenvolvimento sustentável, defender toda a criação da ganância dos homens, buscar um ar mais puro e defender a ecologia. Nosso habitat terreno é nossa casa comum.
- As forças da natureza Lhe obedecem… Subindo ao barco, cessou o vento.
As ondas atendem o meu mandar: Sossegai.
Seja o encapelado mar, a ira dos homens e o gênio do mal
Tais águas não podem a nau tragar
Que leva o Senhor, rei da terra e mar.
Pois todos ouvem o meu mandar: Sossegai, sossegai.
Convosco estou para vos salvar. Sim, Sossegai.
- Ele é o amigo certo nas horas incertas
– Jesus vigia
– Jesus vem
– Jesus ajuda
– Jesus nos leva seguros ao porto
Conclusão:
– Aqui estamos em trânsito navegando no mar na existência. Mas não estamos sozinhos diante dos ventos fortes e das tempestades da vida. Jesus vigia, Jesus vem, Jesus ajuda e Ele nos leva a bom termo. Somos aprendizes na vida e com Jesus aprendemos a não levar pesos desnecessários. E assim, leves, podemos com Ele andar sobre as águas da existência. Com Ele aprendemos a orar diante das tentações, a amar a natureza, a respeitá-la e a defendê-la.
– Segundo João os apóstolos receberam Jesus de bom grado no barco. Oh, que O recebamos assim… Segundo Marcos eles ficaram atônitos diante da grandeza do Senhor da natureza e das circunstâncias adversas. O nosso Senhor é sempre maior do que nós O imaginamos. E Mateus afirma que os que estavam no barco o adoraram dizendo: Verdadeiramente és o Filho de Deus. Curvemo-nos diante dEle e confessemos nossa fé. Este milagre está bem registrado para que creiamos que Jesus é o filho de Deus e, para que crendo, tenhamos vida em seu nome. E estas Boas Novas precisam ser anunciadas à cidade para que ela tenha vida.