Sermões

O Senhor da Vida e da Morte

EVANGELHO DE JOÃO: VIDA PARA A CIDADE – Pastor Julio Borges Filho

Sermão 7: O SENHOR DA VIDA E DA MORTE – João 11:1-16 – Parte 1

Introdução:

– Uma das coisas mais valiosas da vida é se contar com uma casa onde se pode encontrar descanso, compreensão, paz e amor. Jesus não tinha casa própria (Lucas 9:58), mas tinha um porto seguro em Betânia, a casa dos irmãos Lázaro, Marta e Maria a quem amava e por quem era amado. Ali ele se sentia em casa, e ali foi ungido com um precioso bálsamo por Maria na véspera de sua morte. Estava na Peréia, ao oriente do rio Jordão, como um fugitivo porque as autoridades judaicas da Judéia queriam matá-lo, quando recebeu o recado de Marta e Maria dizendo que Lázaro estava muito doente.

– Debrucemo-nos neste texto que marca a última subida de Jesus para Jerusalém. A ressurreição de Lázaro é o último sinal mencionado por João para apresentar Jesus como Senhor e Salvador. Logo a seguir começa o livro da paixão que narra a última semana de Jesus na terra. Faremos duas paradas neste belíssima página do Evangelho.

I. Uma enfermidade para a glória de Deus, vrs. 1-5

1. Lázaro = Deus é minha ajuda. Nome idêntico ao nome Eleazar.

1) A mensagem das irmãs não pedia que Jesus fosse, mas tal pedido era desnecessário.

2) Jesus não abandonaria a um amigo, e Jesus é o amigo mais chegado que um irmão.

2. Uma enfermidade na qual Jesus seria glorificado. Em plena consciência ele aceitou a cruz para ajudar o seu amigo e a humanidade inteira. A subida para Jerusalém era definitiva.

II. Jesus demorou, mas chegou no tempo certo, vrs. 6-10

  1. Jesus demorou dois dias no lugar onde estava – Comentaristas dão razões para tanto:

1) Esperou para que, quando chegasse, Lázaro já estivesse morto;

2) A demora tornaria mais impressionante o milagres;

3) a verdadeira razão é que Jesus sempre agia por iniciativa própria (ver João 2:1-11.

 

  1. Vamos outra vez para a Judéia. A objeção dos discípulos (v. 8)

 

  1. Não são doze as horas do dia?
  1. Um dia não pode terminar antes de começar
  2. Se um dia tem doze horas há bastante tempo para tudo que se tem de fazer.
  3. O dia não tem mais do que doze horas.

O tempo – Laurindo Rabelo

Deus pede estrita conta do meu tempo,

E é forçoso deste tempo eu já dá conta.

Mas ah, como dar em tempo tanto conta

Eu que gastei sem conta tanto tempo.

Para ter minha conta feito a tempo,

Dado me foi bom tempo e não fiz conta.

Não quis sobrando tempo fazer conta,

Hoje quero fazer conta e falta tempo.

Ó vós que tendes tempo sem ter conta,

Não gasteis o vosso tempo em passa-tempo.

Cuidai enquanto é tempo em fazer conta.

Mas ah, se os que contam com esse tempo,

Fizessem desse tempo alguma conta,

Não chorariam sem conta o não ter tempo.

 

  1. O dia e a noite
  1. O Sentido superficial e claro: o dia judeu e romano dividido em doze horas iguais.
  2. Jesus é a luz do mundo. A vida com ele é dia, e a vida sem ele é noite e escuridão. João 13:30 comenta que a hora da traição de Judas: e já era de noite. A noite era a hora em que o mal se apodera do homem.
  3. O tempo limitado para se fazer a paz com Deus em Cristo.

 

III. Abandonar um amigo, jamais, vrs. 11-16

  1. Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas eu vou despertá-lo
  1. Jesus não é compreendido pelos discípulos, v. 12 e 13
  2. Jesus fala claramente: Lázaro morreu

 

  1. Quando a ausência é boa…

 

  1. Tomé, chamado Dídimo = gêmeo. Tomé era o nome hebraico e Dídimo era o nome grego (Ex: Pedro c Cefas). Jesus não abandonaria Lázaro (amizade) e Tomé não abandonaria Jesus (desespero leal).

 

Conclusão:

– Jesus nunca tinha pressa, mas nunca chegou tarde. Sua viagem de volta a Jerusalém não tem volta. O conflito estava posto entre ele e os donos do poder religioso em Jerusalém. O último sinal de João, a ressucitação de Lázaro, aguçaria a inveja e o medo das autoridades judáicas.

 

– Nesta primeira parte vimos Jesus como o amigo certo nas horas incertas. Aquele que parece demorar, mas chega na hora certa. Ele chama seus seguidores de amigos e provou esta amizade até os limites extremos. O Senhor da vida e da morte é nosso amigo. Por isso a vida é amiga e a morte é vencida. E preparemos nossos corações para um encontro emocionante no qual Jesus chorou. É a segunda parte deste sermão.

 

 

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *