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A ROBOTIZAÇÃO NA POLÍTICA

A ROBOTIZAÇÃO NA POLÍTICA

 Julio Borges Filho

Tenho observado tanto no Facebook quanto no WhatsApp algo perigosíssimo: a robotização na política. As razões para tanto podem ser a falta de leitura, falta de espírito crítico, intolerância religiosa, fascismo, homofobia, e muito preconceito aliado à paixão política, ou desonestidade mesmo. As pessoas repetem e passam adiante matérias sem as examinarem, e acreditam em qualquer fake News (notícia falsa) publicada desde que venham de um correligionário, de alguém que pensa igual ou mesmo de um robô, isto é, não pensam. Eu apenas oculto a matéria para não ofender um amigo ou uma amiga ou apago. Não tenho estômago para a alienação nem para o ódio e a mentira.

Minha impressão que isso começou a muito tempo, mas aumentou sensivelmente no advento da televisão, da internet e das redes sociais. Hitler, no nazismo da Alemanha, então o país mais culto do mundo, dominou quase tudo com o rádio, especialmente os religiosos. Estes são mais fáceis de serem conquistados porque muitos têm crenças cegas. Imagine hoje o estrago que faria num país como o Brasil com pouca cultura e com péssima educação.

A alienação das pessoas vem da família, da educação e da religião. No meu meio, o evangélico, manipula-se as pessoas com curas, milagres, promessa de prosperidade, e muita mentira, ou até mesmo como uma ortodoxia estéril e muito legalismo. A ética evangélica de modo geral é moralista e farisaica. É um discurso de aparência “do faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”. Tal hipocrisia gera doenças de toda sorte, preconceitos absurdos, discriminação social, fanatismo e intolerância religiosa. Assim se afasta do Evangelho de Jesus Cristo que era tolerante com os fracos e excluídos e duro contra os que se consideram justos e contra os sistemas de dominação humanos e diabólicos. Na política, a maioria dos líderes evangélicos, são saduceus, isto é, defendem o status quo que lhe convém. Assim a dimensão transformadora do Evangelho de Cristo é esquecida ou deixada de lado.

Boa parte de nossa juventude, sem utopias, sonhos e desconhecimento da história, agarra-se ao fascismo, ao capitalismo egoísta e aos preconceitos. Isso acontece também no meio religioso, especialmente o evangélico. Um exemplo disso é Trump nos EUA, com vida imoral e devassa, foi eleito numa eleição duvidosa e fraudulenta com o apoio dos evangélicos do sul que são moralistas, isto é, engolem camelos e coam mosquitos. Aqui no Brasil o fenômeno se repete em dose dobrada porque também instituições públicas, como o Ministério Público, com especial destaque para os procuradores da Lava Jata, que estão dominados por um fundamentalismo religioso-político hipócrita. Falam uma linguagem única, não admitem ser contestados, e fazem abertamente campanha política eleitoral. Por isso pariu o principal candidato da extrema-direita assim como a invasão americana no Iraque pariu o Estado Islâmico. Mas, reconheço que o julgamento precário de Lula na primeira e segunda instâncias do Judiciário que o levou à prisão, por ser condenado no mundo inteiro e até mesmo pela ONU, é o principal cabo eleitoral do ex-presidente que continua no coração do povo. E, no dizer do procurador decano da Lava Jato, a operação era uma Ferrari e hoje é um caminhão usado por causa de processos mal feitos e apressados e delações inúteis.

Cheguei à conclusão que é preciso examinar bem tudo nas redes sociais para descobrir o falso do verdadeiro. O famoso Padre Marcelo foi usado por um robô que imitou a sua voz apoiando o candidato que defende a ditadura militar e a tortura que, por sinal, tem 400 robôs divulgando dia e noite baixarias de toda sorte. Ele desmentiu tudo e pediu ajuda num vídeo contra a robotização na política.

Bem, aí vai o meu alerta, para que não haja mais vítimas.

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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