CHEGA DE SAUDADE – Show de Nilze Carvalho
CHEGA DE SAUDADE – Show de Nilze Carvalho
Julio Borges Filho
Nesta quinta-feira 29 de novembro de 2018, após passar uma hora no lançamento do livro de Lula (faltaram livros) no bar Tiborna na 403 Norte, fomos ao show da cantora Nilze Carvalho no Clube do Choro, o espaço cultural mais boêmio de Brasília. Fomos, sim, porque estava bem acompanhado por Marcos Lessa que me pegou em casa inaugurando seu carro novo e, depois do lançamento do livro, pegamos Kátia, sua esposa, e na casa de espetáculos estavam nos esperando o belo casal Vander e Viviane, ele, irmão mais velho de Kátia. Foi boa acompanhia dos amados casais no bom show da cantora.
Nilze Carvalho tem 49 anos, 40 de carreira, o que significa que canta desde os nove anos. Não a conhecia, mas se trata de uma boa cantora fluminense, bela e forte mulata, de grande talentos musicais. Além de cantora, é compositora e toca maravilhosamente bem o cavaquinho e o bandolim, e mais: uma bela presença de palco nada monótona, mas cativante.
No show “Chega de Saudade” de duas horas em dois blocos, ela não estava sozinha. Acompanhava-a uma banda de seis bons músicos: um contrabaixista, um baterista, dois pandeiristas e tamboristas, um violonista e um flautista, todos em plena sintonia com ela. No repertório havia samba, pagode, choro, baião e toada, músicas dela mesma, de Jacó do bandolim, Nelson Cavaquinho, Tom Zé, Fagner, e outros. Gostei imensamente de “Peço a Deus”, “Se você não me queria”, “Barracão de Zinco” (em homenagem a Elizete Cardoso),“Saudade”, “Marinheiro só”, “Toda a cidade é de Oxum”, uma música dela em homenagem a Ivone Lara, e “Não deixe o samba morrer”. Houve momentos de beleza instrumental com destaque para o cavaquinho e o bandolin dela com o contrabaixo.
Assisti o show da cantora em tão boa companhia foi gratificante. O Clube do Choro lotado de gente animada e de bons dançarinos foi um ambiente propício para tudo. E devo salientar um fato especial: tudo isso me saiu de graça, pura cortesia do casal que eu casei a mais de 30 anos e que foram minhas preciosas ovelhas nos tempos áureos da saudosa Terceira Igreja Batista do Plano Piloto. Duas certezas me dominaram no final: é bom ser pastor e fazer parte da vida de tanta gente boa, e a de que os artistas são a vanguarda da humanidade, porque a arte embeleza tudo e nos humaniza tocando na nossa alma.