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SÍNDROME DE LAODICÉIA

SÍNDROME DE LAODICÉIA

“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, ntrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo”
Apocalipse 3:20

A igreja apocalíptica de Laodicéia não era nem fria nem quente, mas morna. Por isso Jesus Cristo estava pronto a vomitá-la de sua boca. Era orgulhosa porque era rica e abastada e, por isso, se julgava suficiente. Mas aos olhos do Senhor Jesus “era infeliz, miserável, pobre e nua”. Contudo Jesus não desiste dela e a convida para participar de suas riquezas e de sua suficiência, quer discipliná-la porque a ama e a exorta ao arrependimento. Finalmente diz: “Eis que eu estou a porta e bato…” É o quadro mais trágico de uma igreja: Jesus Cristo do lado de fora querendo entrar.
É a síndrome de Laodicéia que afetou a igreja cristã através dos séculos.

Quando eu olho para a maioria das igrejas evangélicas do Brasil eu tenho vontade de vomitar, e acho que Jesus também. As igrejas se afastaram dele, seus pastores se perderam no fundamentalismo (senhores da verdade), no paroquialismo (bitolas), na insensibilidade à realidade do povo, na intolerância religiosa, no moralismo.e no preconceito, e no amor ao dinheiro e ao poder. Coam mosquito e engolem camelo como os escribas e fariseus da época de Jesus. O Filho de Deus está do lado de fora querendo entrar e não o deixam porque Ele incomoda. E para agravar muitas igrejas adotaram a teologia da prosperidade que as afastaram do Evangelho do Reino e da cruz de Cristo. Tornaram-se a parte mais retrógada da sociedade brasileira, amante do autoritarismo e do fanatismo. E clamam pela volta à ditadura militar.

Nesta última campanha eleitoral isso ficou evidente. Trocaram de messias, seguiam cegamente um homem raivoso que armava a população, corrompia as instituições, e pregava o ódio usando como arma a mentira e, acima de tudo, usava o lema fascista de “Deus, Pátria e Família”, lema sem Deus, sem pátria e sem família. Cansei de ouvir mentiras proferidas por líderes evangélicos que defendiam a ruptura democrática e a ditadura militar usando o velho texto sagrado: “Se o meu povo que chama pelo meu nome se humilhar e orar…” O mesmo texto usado e abusado na ditadura militar. O cúmulo para mim foi ouvir evangélicas cantando na invasão do Congresso em meio à bagunça e a destruição: “Eu quero estar com Cristo quando a luta se travar…” O hino oficial da Ordem dos Pastores Batistas do Brasil. Deu-me náuseas vê parte da igreja entregue ao fanatismo e longe de Jesus. Ainda bem que muitos não dobraram seus joelhos diante de Baal.

Contudo o Filho de Deus ama a todos, inclusive os desviados do caminho do Evangelho. O convite está posto. Não é para os incrédulos, mas para os crentes: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, eu entrarei em sua casa, como ele cearei, e ele, comigo.” Há sempre a possibilidade de arrependimento e retorno ao Evangelho de Jesus Cristo. Creio nisso e oro por isso..

Brasília, janeiro de 2023
Pastor Julio Borges Filho

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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