Sermões

PAIXÃO PELA VIDA

Sermão:                                 PAIXÃO PELA VIDA            – João 10:10 e 27

  (Sermão baseado no artigo PAIXÃO PELA VIDA de Jünger Moltmann publicado em 1978)

                                                                                               Pastor Julio Borges Filho

            Vivemos um domingo especial, o segundo domingo de junho. No futebol nossa seleção feminina estreou bem ganhando da Jamaica de 3 x 0 na Copa do Mundo, e nossa seleção masculina goleou a Honduras por 7 x 0 num jogo amistoso. Vivemos a véspera do Dia dos Namorados, o dia do amor, e estamos no final da semana mundial do meio ambiente. Hoje é o Dia do Pastor. Acho que devemos honrar e homenagear nossos pastores sem jamais idolatrá-los porque, afinal, são seres humanos falhos. Preocupo-me com a situação das igrejas e seus pastorados. A igreja, chamada a ser uma força transformadora da sociedade e voz dos sem voz, é uma força conservadora do status quo iníquo que vivemos. E isso tem a ver com a formação e a qualidade de seus líderes. Daí a situação caótica do Brasil que está perdendo as conquistas civilizatórias conquistadas com muitas lutas, e isso com grande parte do eleitorado evangélico. E, finalmente, hoje é Domingo de Pentecostes, o advento do Espírito Santo sem o qual não existiria igrejas e nem poder para sua missão no mundo. Nós comemoramos o Natal, a Páscoa, mas negligenciamos o Pentecostes. Por isso resolvi pregar sobre a PAIXÃO PELA VIDA que abrange tudo.

            Onde está Jesus aí a vida e, quanto mais de Jesus, Vida em abundância. Eis o segredo da felicidade: Paixão pela vida. À sua igreja Jesus prometeu que as portas da morte não prevaleceriam contra ela. “Onde está Jesus, há vida. Plena, viva, amorosa e eterna. Ao falarmos em vida também nos referimos à morte. É incrível como nos acostumamos com qualquer tipo de morte: da alma, nas ruas, violenta. A vida antecede a morte, mas colocamos a morte antes da vida” (Jünger Moltomann).

– A cultura da morte domina o mundo, e até mesmo a Igreja. Chamados para a celebração da vida, comprometemo-nos com a morte. Acostumamo-nos com a morte no mundo: violência, miséria, fome, preconceitos, guerras e ódio. O que fazer? Duas coisas: diagnostiquemos as forças da morte e retornemos ao Evangelho da vida como nos sugere as palavras do Senhor Jesus: “O ladrão só vem para matar, roubar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”.

A CULTURA DA MORTE, v 10ª: “O ladrão só vem para matar…”

                                                           A morte no mundo

            A humanidade está ferida de morte como um corpo canceroso com metástase, e o mal se expande rapidamente e coloca em risco todo o planeta. O veredicto bíblico nos persegue: “Porque todos pecaram e carecem da glória de Deus”, e “o mundo jaz no maligno.” Acumulação egoísta de riqueza, pobreza, miséria, fome, desemprego, drogas, intolerância, guerras, violência, preconceito, etc. Diante disso, nossa indiferença. A morte da alma é a pior das mortes.

                                               A doença da morte: Apatia

            Apatia é, para o médico, sinal de doença. O paciente mostra-se esgotado. Desinteressa-se. Desaparecem-lhe os sentimentos. Não reage a visitas. Não escuta o que lhe falam. Submerge em fria indiferença.

         “Apatia, originalmente, significava “ausência de sofrimento”. Os povos antigos consideravam-na a mais alta virtude dos deuses e dos homens. Acreditavam que Deus era bom sem qualquer participação no mal. Era perfeito. Não podia sofrer. Era eterno. Não morreria jamais. Era autossuficiente.  Dispensava amigos. Deus, então, na sua plenitude não podia sofrer, caracterizando-se pela suprema apatia. Estava acima de necessidades e impulsos. Acreditavam eles que a felicidade não se definia pela realização dos desejos.  Bem ao contrário, era alcançada pelo abandono do que mais ardentemente queremos. Daí a importância de uma vida sem paixão, sem explosões de raiva, mas também sem amor. A verdadeira felicidade pairava acima do sofrimento e da alegria. Os que quisessem alcançar a divindade e a liberdade, ao mesmo tempo, deveriam vencer os desejos, dominar os impulsos e cultivar a apatia.” Jesus, no Sermão da Montanha, condenou tudo isso como um pensamento gentio que pensam que por muito falar seria ouvido como se Deus fosse surdo. Nosso Pai do céu, afirmou ele, sabe do que necessitamos antes mesmo de nós pedirmos. E nos ensinou o Pai Nosso que cuida da Causa de Deus e da Causa dos homens.

            É assim que vejo a morte moderna. É a vida sem dor, sem paixão, apática. Antigamente ainda nos queixávamos de que não havia muito amor entre as pessoas. Hoje em dia desaparece até mesmo o amor pela vida” (Moltmann). Há uma canção romântica que clama: “Ah, coração, esquece essa vontade louca de amar de novo!” “Essa idolatria construída pelo trabalho, pelas realizações e sucessos, pelo deus mercado, exige de nós tanto sacrifício como qualquer outro tipo de devoção. Os sacrifícios oferecidos aos ídolos dos nossos desejos e da nossa sociedade, são demasiadamente grandes.”

            “Na vida particular perdemos os sentimentos e confundimos as emoções em benefício do sucesso e do trabalho. Ficamos sem condições para o amor ou para a tristeza. Secam-se as nossas lágrimas e os sorrisos que ainda nos restam apenas subsistem pelas imposições da cortesia.  Os famintos do Terceiro Mundo não nos afligem, “precisam trabalhar, esses vagabundos”. A filosofia de que “só nos realizamos no trabalho” oculta sofrimentos e decepções. Os que confiam nas promessas dos ídolos do trabalho e do sucesso pessoal, poderão, talvez, alcançar uma existência sem dor ou conflitos. O preço, no entanto, será amargo. Transformar-se-ão em seres apáticos, deteriorando-se pouco a pouco, até morrerem mesmo permanecendo vivos.          “Na vida social, a orientação unilateral para o trabalho e para o sucesso nos transforma em seres injustos e desumanos. Afastamos da vida pública os que não rendem, isto é, os doentes, os defeituosos, os fracos e os fracassados. Aos que clamam por comunidade e amor indicamos os programas de assistência social.

            Oferecemos também, politicamente, sacrifícios a esses ídolos. Há, no Brasil, uma sociedade discriminatória. É verdade que não temos o mesmo tipo de separatismo entre brancos e pretos, como na África do Sul, mas privilegiamos os fortes e saudáveis contra os fracos e aleijados. Em lugar de uma sociedade aberta e sensível, criamos uma sociedade fechada, intocável e apática. A vida, com suas dimensões de amor, abertura e amizade, transforma-se, assim, em mera forma de cimento.” Daí o surgimento no mundo de líderes conservadores e insensíveis que difundem preconceitos e intolerância, e isso se expande nas igrejas como uma doença da alma.   

            “O que permanece da paixão pela vida é o amor, o “sim” apaixonado para a vida e a resistência apaixonada contra a negação da vida. Eis aí o segredo da vida e da morte. A apatia quer          nos livrar da morte mas, na verdade, nos tira a vida. Espalha em nós a rigidez da morte. O amor, porém, transforma a vida em paixão e nos dispõe ao sofrimento. A orientação da paixão de Deus e a história do sofrimento de Cristo levam-nos da morte para a vida e nos preservam, a nós e ao mundo, do naufrágio na apatia.”          

         O DEUS DA VIDA É UM DEUS APAIXONADO

                 Revelado no Antigo Testamento

         “Em discussões religiosas, até mesmo entre cristãos, podemos ouvir frases como estas, “Deus não pode sofrer”, “Deus não pode morrer”, “Deus não tem necessidades”, “Deus não precisa de amigos”. Tenho pena dos que pensam dessa forma, porque transformam o Deus vivo num ídolo morto, num ídolo do seu próprio medo da vida.”

         O Deus de que falam os homens do Antigo Testamento, baseados nas próprias experiências, não é um poder frio e silencioso, no céu, que permanece, autossuficiente, distribuindo graciosamente esmolas aos súditos. É, bem ao contrário, o Deus apaixonadamente envolvido com a criação, com os homens e com o futuro. Sentimos sua presença no patético expresso em seu amor pela liberdade e no interesse apaixonado pela vida contra a morte. Foi por isso que esse Deus entrou numa aliança com os homens, muito semelhante ao casamento, como relata o Antigo Testamento. Tornou-se vulnerável ao amor. Quando Israel o abandonou e se deixou levar pelos ídolos, sua paixão pela liberdade desse povo fê-lo sofrer. Caminhou ao lado de Israel na direção do exílio, participando de seu sofrimento. Irou-se por causa dos pecados incoerentes do povo. Mas seu desgosto expressava apenas o amor ferido, nada mais.

         “Quem vive em comunhão com este Deus apaixonado não pode permanecer apático. Determina-se por ele. Sofre com o sofrimento de Deus no mundo, alegra-se com suas alegrias. Unindo-se ao amor de Deus, participa intensamente desses sentimentos.  Lembro-me que há alguns anos eu achava esta imagem de Deus demasiadamente humana e até mesmo infantil. Não conseguiu entender um Deus que esbravejava de raiva e se mostrava ciumento, ardendo de amor ou se decepcionando com os seus. Quem descobre na profundidade do próprio sofrimento o sofrimento de Deus, não pode permanecer apático. Resiste e espera. Seu pequeno sofrimento acha sentido no imenso sofrimento de Deus em favor de um mundo livre e salvo.”

                      Revelado em Jesus Cristo

“Eu vim para que tenham vida…” … Eu lhe dou a vida eterna…”

            “Que tem de especial na vida de Jesus? Por que nos chama a atenção? Acredito que somos envolvidos muitos mais pela sua grande paixão do que mesmo pela narrativa de milagres. Que paixão? Não se trata de meros desejos da alma por uma vida sem dores no céu nem de um amor pelo Reino de Deus no além, nem ainda a aspiração pela permanência da vida depois da morte, mas, isso sim, da vontade de viver a plenitude da vida mesmo antes da morte, até mesmo contra a morte, que transborda da vida de Jesus.

            “A vida se faz presente onde os doentes são curados, os leprosos aceitos, e os pecadores perdoados. Essa vida divina, liberta, salva, faz-se presente hoje em nosso meio. Basicamente, a vida de Jesus não nos consola para uma vida no além nem apenas nos transmite esperança para o futuro. Ela nos orienta para a encarnação, a humanização, a salvação ao aceitar os perseguidos e ao reativar as relações humanas adormecidas. É por isso que se aproximam de Jesus os doentes incuráveis, os possessos, os cegos, os coxos, os surdos, os mortos, enfim,  “os que vivem no escuros” (Brecht), representado a miséria da humanidade. Em Jesus encontram vida. Saem dos escuros caminhos da humanidade onde em geral os colocamos e aparecem porque percebem a vida de Jesus irradiada por sua paixão e dedicação. Nesta paixão pela vida vê-se a paixão do próprio Deus, o inimigo da morte que deseja a vida e a liberdade, e rejeita a escravidão. A paixão que quer o amor e desconhece a apatia.”

                  COMPROMISSO COM A VIDA

                       Longe de nós a apatia

            “Como pode o sofrimento de Jesus falar a nós hoje ? Conhecemos os relatos da crucificação. Teria ele também fracassado ? Não terá a vida, então, outro sentido além da morte na qual, afinal, termina? Nesse caso, não deveríamos amar apenas com cuidado, para que a morte venha a ser menos terrível ? Não acredito que Jesus tenha fracassado no final de sua vida. Até me pergunto, que imensa paixão deveria ter sido a sua que lhe permitiu dispor-se a um tal sofrimento ? Que grande amor deveria sentir pela vida para aguentar tão infamante morte ! Nós sabemos que ele não foi condenado por engano e, então, executado. Jesus foi conscientemente para Jerusalém onde a vida era oprimida e ameaçada constantemente pela morte. Entrou nessa cidade e aí se manifestou em favor da vida e da liberdade dos oprimidos.

            “Por causa disso aceitou violências, torturas e, por fim, a morte. Seria preciso tamanho sofrimento? Poderíamos, com certa simpatia, formular a pergunta: será que essa história tinha mesmo de ser assim? Ora, a paixão pela vida só se comunica quando os que a sentem estão prontos a sofrer. A paixão que nos liberta para a vida só se efetiva ao se sacrificar. No fundo, os ferimentos só se curam pelos próprios ferimentos. Jesus cria vida entre os que sofrem porque os ama e não por causa do grande poder. Os ídolos do poder e do sucesso não nos ajudam neste ponto.No fundo, somente o Deus sofredor pode nos ajudar. “Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si… e pelas suas pisaduras fomos sarados”. O Novo Testamento resume a paixão e o sofrimento de Jesus nestas palavras do profeta sobre o servo sofredor.

            “Observemos esta outra passagem bíblica que se utiliza da imagem do grão de trigo: “Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, produz muito fruto” (Joao 12:24). Seja como for, o importante é que o grão de trigo, se não cair na terra, fica só, isto é, esteriliza-se e morre. Mas se cair na terra, “entrega-se” para “morrer”. Não fica como estava. Dá frutos por meio de sua transformação. Ficar sozinho não tem sentido pois significa morte sem esperança. Mas a “entrega” para a terra faz sentido. É um tipo de morte que dá frutos.” 

                      Nossa arma é o amor

            “Descubro nisto o segredo da morte apaixonada de Jesus. Descubro também o segredo da paixão de nossa vida. A vida humana só é viva quando experimenta o amor e a afirmação. Quanto mais amarmos a vida com paixão, tanto mais intensamente encontraremos a felicidade. Quanto mais apaixonadamente a amamos, tanto mais intensamente sentimos a dor da vida e a mortalidade da morte.

            “A felicidade e o sofrimento tornam-se possíveis por meio do amor. Por isso experimentamos, ao mesmo tempo, vida e morte. Assim é a paixão da vida. O segredo da vida soa-nos estranho, não obstante a sua simplicidade: quem quiser guardar a própria vida, perdê-la-á, e já a perdeu. Os que, pelo contrário, a perdem, usando-a, ganhá-la-ão e já a ganharam. Quando não ousamos amar, seguramos a vida. Com medo da morte não nos animamos a vivê-la. Por causa das decepções não amamos. Ao tentar garantir a vida, por esses meios, deixamos de viver. Ficamos sós. Mortos. Entregar a vida significa sair de si mesmo, amar, expor-se e esgotar-se. Ao nos dedicar apaixonadamente aos outros, começamos a viver. Nessa dedicação reavivamos outras vida.”

            “Vida e morte. O que permanece da paixão pela vida é o amor, o “sim” apaixonado para a vida e a resistência apaixonada contra a negação da vida. Eis aí o segredo da vida e da morte. A apatia quer nos livrar da morte mas, na verdade, nos tira a vida. Espalha em nós a rigidez da morte. O amor, porém, transforma a vida em paixão e nos dispõe ao sofrimento. A orientação da paixão de Deus e a história do sofrimento de Cristo levam-nos da morte para a vida e nos preservam, a nós e ao mundo, do naufrágio na apatia.”

            Conheci uma professora de uma Assembléia de Deus de Vila Velha, ES, e ela me fez uma pergunta: “Pastor, na minha igreja tem uma doutrina segundo a qual o sinal de que uma pessoa é batizada pelo Espírito Santo é o dom de línguas. Eu nunca falei em línguas. Não sou batizada pelo Espírito?”. Eu lhe respondi: “Minha irmã, essa doutrina está errada. Quem diz isso é o Apóstolo Paulo: “Se eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, não passaria de um sino que retine…”, isto é, não comunicaria nada. O verdadeiro sinal do cristão é o amor porque Jesus disse: ´Nisto conhecerão que sois meus discípulos se tiverdes amor um pelos outros.”. Ela retrucou: “Eu descubro uma certa arrogância nos irmãos faladores de línguas. Lá na minha igreja tem um homem horroroso que fala em línguas nos cultos, mas é um adúltero e um ladrão. Você está certo: é o amor que deve nos distinguir.”

            Ah, a paixão pela vida difundida pelos artistas com toda a sua alma e sensibilidade. Considero os artistas a vanguarda da humanidade. Davi era um artista e, por isso, um homem segundo o coração de Deus. Ouvi num vídeo Elvis Presley cantando “Quão grande és Tu” com toda a alma e me emocionei. Um bom hino vale mais do que mil sermões. Sejamos todos artistas da vida, apaixonados como Jesus o foi até os limites extremos.

            Lembremo-nos de suas palavras: “O ladrão só para matar, roubar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância”. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz e elas me seguem. E eu lhes dou a vida eterna e nunca perecerão eternamente, e ninguém as arrebatará de minhas mãos.” Saiamos por aí espalhando o amor de Jesus Cristo, Nosso Senhor, no poder do Espírito Santo. Tenhamos PAIXÃO PELA VIDA!…

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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