Sermões

Porta Aberta

Sermão :                      P O R T A  A B E R T A                       –    João 10:1-10

 

Pastor Julio Borges Filho

 

INTRODUÇÃO:

Texto da vida: O Papa Francisco em discurso no Parlamento Europeu em 2015, admitindo que talvez se possa ter um diálogo com o Estado Islâmico: “Talvez não se possa ter um diálogo, mas você não pode nunca fechar a porta. É difícil, alguém poderia dizer que é quase impossível, mas a porta está sempre aberta.”

– Texto da Bíblia: “Eu sou a porta. Se alguém estrar por mim, será salvo, entrará e sairá e achará pastagem.” Jesus Cristo é a voz que não é estranha às ovelhas. Elas a reconhecem. Ele é a Porta… Analisemos o texto da Bíblia na perspectiva da abertura e do diálogo.

I – “EU SOU A PORTA…”

  1. A única porta

Toda abertura passa necessariamente por Jesus Cristo. Ele foi a pessoa humana e divina que uniu Deus e a homem, a natureza e o homem, e derrubou todos os preconceitos de sua época. Ele é a Palavra Deus revelada ao ser humano e ao mundo. Diálogo plenamente aberto só com Jesus.

– Ef. 2:18 – “Por Ele temos acesso ao Pai em um Espírito”

– Hb 10:20 – “Um novo e vivo caminho…” O véu do templo.
 

  1. Porta aberta

– Hino de Vicente Celestino: Porta aberta

Vinha por este mundo sem um teto

Dormia as noites num banco tosco de jardim

Sem ter a proteção de um afeto

Todas as portas estavam fechadas para mim…

Mas Deus, que tudo vê e nos consola

Em seu sagrado Templo me acolheu

E, além de me ofertar aquela esmola

Meu destino transformou

Meu sofrimento acabou

E a minha vida renasceu…

Porta aberta

Tendo o emblema de uma cruz

Essa porta não se fecha

Contra ela não há queixa

São os braços de Jesus

Porta aberta

Por Jesus de Nazaré

Desvendou-me o bom caminho

Hoje é meu doce ninho

Novamente deu-me a fé

Porta aberta

Já não vivo mais ao léu

Porta aberta

Ao transpor-te entrei no céu

Porta aberta

Nunca mais hei de esquecer

Que és na terra minha luz

És o bem que me conduz

Desde o berço até morrer!

Um convite constante – sem nenhuma acepção de pessoas.

Diálogo nunca fechado – Ele não desiste nunca do ser humano por pior que seja. Não há ninguém bom demais que não necessite dele, nem ninguém mau demais que não seja alcançado por ele.

II – A PORTA DA SALVAÇÃO

  1. Fora há perigos mil 
  1. Que entrar por mim será salvo – segurança e comunhão.


III – A PORTA DA LIBERDADE

  1. Liberdade para entrar e sair. A liberdade é o maior bem da humanidade. Deus nos fez livres, inclusive com a capacidade de dizer não a ele. O Senador Cristovam Buarque certa vez me perguntou: “Por que Deus permitiu o mal no mundo?” A minha resposta veio pronta e o satisfez: “Por causa da liberdade humana”. 
  1. Liberdade para viver uma vida plena. Jesus é a porta da vida. Viver bem alimentado, feliz e em plena comunhão com Deus, com os outros e com a natureza é viver a vida eterna.

 IV – A PORTA DA MISSÃO

  1. “Assim como o Pai me enviou, eu também vos envio”, ordenou Jesus a a seus discípulos após a ressurreição. Nossa missão no mundo é moldada na sua missão. A missão o método de servo são os mesmos. É por isso que Jesus quando falou de si mesmo como a luz do mundo, também disse: “Vós sois a luz do mundo…” Acho que Ele quer que também sejamos porta em relação aos outros. 
  1. Ninguém pode fechar – Ap 3:8; 1 Co 16:9; 2 Co 2:12. À igreja de Filadélfia Jesus disse: “Eis que tenho posto uma porta diante de ti uma porta aberta, a qual ninguém pode fechar”. E o Apóstolo Paulo em Trôade disse que uma porta se lhe abriu no Senhor. Era uma oportunidade missionária. Assim portas se abrem para que entremos, em nome do Senhor, para abrir portas para os que querem entrar pela Porta da Vida. 

CONCLUSÃO:

Ouvi falar de uma igreja em Olinda, PE com portas e janelas sempre abertas a todos. Uma porta aberta é um convite escancarado e amplo. Mas há perigos mil… Todavia fechá-la seria um fim da esperança para o mundo. “A fé vem pelo ouvir e ouvir a palavra de Deus”, assegura Paulo. Um belo hino diz em sua estrofe final: “O destino da palavra é a construção de um mundo mais feliz e mais cristão”.

– Somos desafiados, a não apenas mantermos a porta aberta, mas sermos nós mesmos portas de entrada e de saída. Fechar nosso coração para as pessoas é trair o nosso Senhor que deseja que continuemos o seu pastoreio no mundo, e o rebanho é imenso e diverso. Precisa de acolhimento. Nada de preconceito. Cada ser humano precisa de entrada para proteção, comunhão e salvação, e de saída para a liberdade e alimentação.

– O segredo de tudo está nas palavras de Jesus à Igreja de Laodicéia: “Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele e ele comigo” – Ap 3:20. Sermos casa que abre a porta para Cristo, e Ele entrando, comunga conosco trazendo todos os seus convidados. Ao recebermos Jesus, recebemos todos os seres humanos pelos quais Ele deu a sua vida e veio ao mundo.

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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