Sermões

Um Cântico de Vitória

Sermão de Estelita

UM CÂNTICO DE VITÓRIA – Romanos 8:31-39

(No culto de gratidão em 17.08.2012)

Julio Borges Filho

Introdução:

– Dois quadros:

1) Mamãe tinha ido participar do Acampamento da Igreja de Corrente e nós, filhos pequenos ficamos sob a responsabilidade de Amelice e Valdemira. Estelita, acho que com um ano, caiu de cabeça da mesa nos ladrilhos. Amelice pegou-a nos braços, sacudiu-a, mas o respiração não voltava. Valdemira exclamou: “Henquem! Tia Arquimínia quando voltar vai encontrar a bichinha morta!…” O fôlego voltou para a alegria de todos.. 59 anos depois, finalmente, ela partiu tragicamente, mas deixado um grande legado e uma boa descendência.

2) Quando Alírio morreu sonhei cinco vezes o mesmo sonho… Um lugar paradisíaco, com um mar de um azul celeste e um rio de águas cristalinas caindo no mar. Uma cabana cercada de coqueiros, e uma praia lindíssima, Ali estavam papai bem jovial e Alírio correndo na praia. Gostaria de sonhá-lo de novo incluindo outros familiares que partiram: Lucas, Jusiel meu filho, mamãe, Edna e, agora de Estelita, todos presentes na bela e perfeita praia celestial…

– O texto que está diante de nós nesta noite é um cântico de vitória da Igreja Cristã Primitiva. Era o texto predileto de Estelita. Parece-se com ela… Ele é precedido de uma declaração do Apóstolo Paulo no v. 18 de Romanos 8: “Porque para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós.” Em seguida ele descreve três gemidos: o da criação… o dos filhos de Deus… e o do Espírito Santo… Acrescenta ainda que assim “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus.” E só depois lança do desafio: “Que diremos, pois, à vista destas coisas” Responde com 4 perguntas desafiadoras.

– Tais perguntas, amadas por Estelita, nos dizem que aqui estamos não para celebrar a morte, mas a vida.

  1. Se Deus é por nós, quem será contra nós?”

– Deus, dando-nos seu filho, nos deu tudo, afirma Paulo com estas palavras: “Aquele que não poupou seu própria filho, como não nos dará com ele todas as coisas? Todos os nossos por quês têm sua resposta no “Por que” de Jesus na cruz do Calvário. Seus lábios ressequidos resumiu todas as interrogações sofridas de todas as épocas e de todos os lugares: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?”

– Tal confiança inabalável fez de Estelita uma guerreia, como a definiu sua filha Polyana.

  1. Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus?

– “É Deus quem os justifica”. Estelita foi justificada pela fé.

– Imagens de Estelita: Lucas, amorosa; Raphael, amor; Polyana, guerreira, fibra e inocência; Renata, alegria…; Stela, Alegria e coragem; Raimundo, Pureza… Sim, disse Jesus: bem-aventurados os limpos de coração por que eles verão a Deus”.

  1. Quem os condenará?”

– Os eventos salvíficos de Cristo: encarnação – morte na cruz – ressurreição – ascenção – Pentecostes – segunda vinda. Absolvição.

– A justificação não é mérito humana, mas pura graça de Deus em Cristo.

  1. Quem nos separará do amor de Cristo?

– Paulo responde esta última pergunta interrogando os males do mundo: será tribulação ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? E eu acrescento: Será uma estrada, um carro, um boi no caminho, uma carreta? Nada,absolutamente nada pode nos separará do amor de Cristo..

– Somos mais que vencedores… VRS. 37-39. Se vivemos, vivemos com Cristo, se morremos, vamos para Cristo.

Conclusão: As virtudes teologais: Fé, Esperança e amor – 1 Cor. 13 – estão neste cântico embutidos. E estão na vida de Estelita, mesmo agora.

– Fé: vê o invisível, tolera o intolerável e vence o invencível.

– Esperança: Âncora da Alma, é ter raízes para cima. Um não ao desespero porque se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a este mundo, são mais infelizes de todos os homens.

– O amor jamais acaba…

– Termino dedicando à nossa irmã caçula a poesia que traduz seu cântico de vitória:

CANTA, ESTELITA

Canta minha linda irmã,

Canta na eterna manhã

Dos salvos em Cristo.

Canta desafiando a morte,

Canta sempre a grande sorte.

Foste salva para isto.

Canta lá que cantamos cá,

Não podemos desanimar

Nas dores do mundo.

Se o céu é eterna luz,

Canta ao lado de Jesus,

Canta o louvor profundo.

Canta, Estelita, canta,

Pois tua alegria é tanta

Que nada pode abafar.

Aqui também nós cantamos,

Tua vida celebramos

Para a tristeza acabar.

O nosso canto é saudoso,

Mas não é canto queixoso,

Pois sabemos onde está.

Um dia nos encontraremos

E todos juntos celebraremos

A paz do eterno lar.

Gol, vôo Brasília-Teresina

em16.08.2012, às 23:40 hs.

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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