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QUEM LAVA A LAVA JATO?

                                                                                                          Julio Borges Filho

Apesar de muitos terem divinizado a Operação Lava Jato, eu continuo crítico de seus objetivos e seus métodos anticonstitucionais. Sua maior vítima foi o ex-presidente Lula que continua preso, fato que envergonha o Brasil no mundo porque o  tornou um prisioneiro político vítima de um processo tendencioso e que possibilitou o atual e péssimo governo. Outros escândalos cerca a Lava Jato como as delações premiadas que colocaram em liberdade os verdadeiros criminosos. Agora com o seu Pacote Anticrime, Sérgio Moro quer institucionalizar a Lava Jato. E essa lavajatização do Brasil é donosa em quase todos os sentidos. Cabe à sociedade, ao congresso e ao STF o impedir isso.

Eis as principais críticas:

  1. O STF vê inconstitucionalidade em pontos com a restrição da progressão da pena e tem cautela com a legítima defesa;
  2. O cumprimento da pena em regime fechado “viola diversos princípios constitucionais, como a individualização da pena, a dignidade da pessoa humana, além do princípio de isonomia” (Edson Marcus Edson de Lima, presidente do Colégio Nacional de Defensores Públicos Gerais);
  3. A defesa da legítima defesa é subjetiva e pode se transforma em licença para matar;
  4. Gravação de advogados de presos que violenta a advocacia;
  5. “Guedes cria pobres e Mora cuida de matá-los”, critica com ironia o ex-presidente Lula;
  6. “Ele só pensou em profilaxia: antecipar a ida das pessoas para a prisão e retardar a saída. Isso não vai resolver absolutamente nada”  (Miguel Reale Jr); e
  7. O pacote anticrime de Moro revela uma falta de sensibilidade humana pois provocará prisão em massa de pobres e exclusão social que, na minha opinião, é a marca deste governo de retrocessos.

O moralismo religioso e legal é insensível e hipócrita. Este foi o principal pecado de Sodoma como registra Ezequiel 16:”Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e sua filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado.” O ministro Marco Aurélio ressalta  que “enquanto se viver em Estado Democrático de Direito é preciso respeitar a Constituição. E atualmente a Constituição precisa ser mais amada”, e acrescenta: “Antes 100 culpados soltos do que um inocente preso.” Por isso, o desafio: Quem lava a Lava Jato? E haja jatos fortes de pura e justa água para acabar com a indústria de delações, com o punitivismo, com sentenças combinadas,  com o fascismo anticonstitucional que nos ameaça, e com a entrega de nosso petróleo às empresas estrangeiras.

Urge um projeto para o Brasil que combata nossa iníqua desigualdade de renda que semeie  a exclusão social e a miséria de milhões de brasileiros. Basta da ditadura econômica dos ricos, e de justiça como política de perseguição. .

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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