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8º FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA: A VILA CIDADÃ

Julio Borges Filho

Fui com minha esposa à Vila Cidadã do 8º Fórum Mundial da Água, aqui em Brasília, e gostamos. Por causa de muita gente, especialmente crianças e adolescentes das escolas, não curtimos bem o primeiro pavilhão brasileiro. Curtimos bem o segundo, e fomos impedidos de entrar no pavilhão internacional por que não era gratuito e o ingresso custava quinhentos reais.

O Fórum tem sido um sucesso de público e de conteúdo e, praticamente, toda a cidade foi envolvida. Assisti o filme “A marca da água” no CCBB e, na visita à Vila Cidadã aprendi muita coisa sobre o nosso cerrado. Ele ocupa dois milhões de quilômetros quadrados, e nele estão 5% de todas as espécies do planeta. Raízes 20 vezes maiores que as árvores distribuem água por debaixo do solo, e aqui na região do entorno do DF nascem as bacias dos rios Tocantins, São Francisco e Paraná. Mas o cerrado pede socorro por causa da agricultura predatória dos plantadores de soja que destrói nascentes e cria desertos verdes modificando o clima da região. Moro em Brasília já por 39 anos e a primeira vez que veja o racionamento de água. Fiquei chocado com a informação de que a agricultura consumo 70% de nossa água e todos os brasileiros apenas 8%.

Muitas palestras envolvendo todos os aspectos que envolvem a água por ecologistas, juristas, ONGs, economistas, urbanistas, etc. Não vi nada sobre uma teologia da criação que poderia envolver as igrejas numa conscientização maior em defesa do meio ambiente. Sem o nosso habitat terreno não sobrevivemos. O Brasil poderia estar na vanguarda do mundo porque ser um país que tem a maior reserva de água potável e de florestas do mundo. Ao visitar a Amazônia no ano passado, fiquei impressionado com a quantidade de água do rio Amazonas e seus afluentes. Recentemente assinei um manifesto do Greenpeace, do qual sou sócio colaborador, contra empresas petrolíferas estrangeiras que estão destruindo os corais da Amazônia. Há, todavia, boas iniciativas financiadas pelo BNDES e pela Caixa: 25 mil cisternas no semiárido, a preservação das nascentes do Buriti que recupera 1.722 hectares da floresta amazônica, o projeto Águas do Imperador em Petrópolis com material reciclado que não consome energia aumentando de 30 para 80% o tratamento de esgoto, reuso da água, e revitalização dos rios São Francisco e Parnaíba, etc. Espero que a nossa triste burocracia não atrase tudo.

Sinto que uma consciência ecológica está sendo fomentada no mundo. Na minha infância éramos selvagens, mas as crianças de hoje são bem melhores, e as pessoas estão aprendendo economizar água mudando seus hábitos. Um velho e sábio cacique disse: “No dia em que o homem branco derrubarem todas as florestas, poluírem todos os rios e matarem todos os peixes, só então vai descobrir que dinheiro não se come nem se bebe.” Cerca de dois bilhões de habitantes da terra clama por água. E nós todos, governos, empresas, igrejas e indivíduos vivemos debaixo da condenação de Jesus Cristo: “Eu tive sede e não me destes de beber.”

Brasília, 22 de março de 2018

DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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