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ESPERANÇA EM TEMPOS DE DESESPERO

ESPERANÇA EM TEMPOS DE DESESPERO

                                                                 Albert Nolan

A teologia com que eu e muitos outros estivemos envolvidos na África do Sul se chama teologia contextual. As questões teológicas que abordávamos surgiam do nosso contexto social, normalmente o contexto do apartheid* e da luta contra o apartheid. Esse contexto hoje é diferente –  muito diferente: bem mais complexo e nada fácil de analisar e definir.*Apartheid – Preconceito racial radical na África do Sul com subcondição de vida social para os negros.

Uma característica importante dos nossos tempos, porém –  em todo o mundo e em particular na África do Sul -, é o desespero. Vivemos em tempos de desespero. Durante séculos, vivemos a experiência da esperança e do otimismo de um tipo ou outro –  política, econômica, científica e religiosa. Hoje, de repente, quase todos mergulharam num estado de desespero. Esse é o nosso novo contexto, ou pelo menos o estado de espírito que sentimos com mais intensidade em nossos dias.

Nesse contexto, nós, como cristãos, somos chamados, nas palavras da Primeira Carta de Pedro, “a dar razão da esperança que está em nós” (3:15). Começamos com uma breve análise da esperança do passado que cedeu ao desespero de hoje.

Nosso Tempo de Desespero

O século XVII produziu na Europa uma grande explosão de otimismo. Ele foi chamado de Idade da Razão. Filósofos e cientistas da época rejeitaram o autoritarismo da Igreja e, recorrendo apenas à razão, tornaram-se entusiasticamente otimistas com relação ao que foi chamado de “progresso humano”. Eles estavam convencidos de que, confiando na razão e no pensamento científico, os seres humanos seriam capazes de resolver todos os problemas.

Gradualmente, passo a passo, esse sonho se transformou em pesadelo. Houve muitos ganhos e benefícios, mas repetidas vezes os seres humanos recaíram na insensatez, na crueldade e no egoísmo. Atualmente, é muito pequeno o número dos que ainda acreditam que a ciência, a tecnologia e a razão por si sós possam resolver todos os nossos problemas.

A Revolução Francesa e a Revolução Russa se tornaram violentas e opressoras. A Alemanha nazista se tornou totalmente desumana. O colonialismo foi tudo o que se possa imaginar, mas jamais racional e progressista

Surgiu, então, a esperançosa era da expansão capitalista e da economia do livre mercado. O mercado resolveria todos os problemas, desde que não interferíssemos em suas formas de operar nem o regulássemos. A perspectiva de um crescimento econômico ilimitado e de um desenvolvimento econômico em todo o mundo criou enorme esperança que, aliás, teve duração bastante longa.  Agora, no entanto, também essa bolha estourou, com bancos quebrando e economias cambaleando devido ao colapso do mercado. Para alguns, esse é apenas mais um motivo de desespero, especialmente porque indica que os pobres ficarão ainda mais pobres, com maior rapidez do que no passado.

No passado, milhões de pessoas em todo o mundo haviam depositado sua esperança futura no desenvolvimento de um mundo socialista de igualdade e solidariedade. Mas como os governos comunistas da Europa Oriental e da União Soviética se tornaram mais totalitários e opressores, até desabarem, também essa esperança se dissipou.

Um sentimento crescente de desânimo disseminou-se também na Igreja. O Concílio Vaticano II infundira em muitos de nós um entusiasmo esperançoso com relação ao futuro da Igreja. Parecia que estávamos nos afastando de uma igreja autoritária e hierárquica e seguindo na direção da liberdade radical de Jesus e do Evangelho. Desde então, porém, quase todos os benefícios do Concílio, de modo lento, persistente, vieram esmorecendo e encaminhando-se no sentido oposto.

Somem-se a isso os escândalos de ordem sexual e a maneira como foram acobertados pela Igreja, mais a atual falta de vocação para o sacerdócio e para a vida religiosa, e o que resta é uma fórmula para desmoralização e desespero.

Na África do Sul, uma esperança extraordinária floresceu com a luta em si e seu sucesso em desmantelar o apartheid, com o acordo negociado, com a transição relativamente pacífica para a democracia, com a nossa nova constituição e a liderança carismática de Mandela. Mas, desde então, essas esperanças aos poucos se esvaeceram, e hoje só podemos descrever o clima geral como desilusão e desespero. Há exceções, naturalmente. Alguns continuam esperançosos. De fato, nem todos vivem em estado de desespero. Surgiram alguns sinais de esperança, com os novos governos a favor dos pobres, na América Latina, e a eleição de Barak Obama, nos Estados Unidos. De modo geral, todavia, os sinais que vemos apontam para um desalento ainda maior, para sofrimento e miséria ainda mais agudos para os pobres.

Assomando sobre tudo isso como uma nuvem negra ameaçadora estão a realidade do aquecimento global e das mudanças climáticas e a falta de vontade política suficiente para realizar as mudanças necessárias para salvar o planeta. Os que trabalham nessas áreas começam a duvidar de que a vida humana possa sobreviver neste planeta – quanto mais outras formas de vida. Não obstante, o que quero afirmar é que essa mudança de esperança para desesperança não é um desastre. É uma magnífica nova oportunidade para o desenvolvimento de uma autêntica esperança cristã.

Esperança Cristã

Para um cristão, há esperança. Sempre há esperança. Nas palavras de Paulo, “esperamos contra toda esperança” (Romanos 4:18) – isto é, conservamos a esperança mesmo quando parece não haver nenhum sinal de esperança. Por que? Porque a nossa esperança não se baseia em sinais. Nossa esperança se baseia em Deus, somente em Deus. Depositamos toda a nossa esperança e confiança em Deus. Ou pelo menos, tentamos fazer isso. Mas o que significa depositar toda a nossa esperança em Deus? Essa, quero sugerir, é a pergunta teológica crucial do nosso tempo. É uma pergunta especialmente difícil porque, para milhares de pessoas, hoje, Deus está morto ou é irrelevante, um conceito desprovido de todo sentido. Para muitos, depositar toda sua esperança e confiança em Deus soa como um pretexto piedoso.

O que significa, então, confiar em Deus?

Em primeiro lugar, na expressão do Salmo 146:3,5 significa não colocar nossa confiança nos nobres e poderosos: “Não ponham a sua confiança em pessoas importantes, nem confiem em seres humanos pois eles são mortais. Feliz aquele que recebe ajuda do Deus de Jacó, aquele que põe a sua esperança no Senhor, seu Deus”. Não podemos confiar nas promessas dos poderosos: poderosos políticos, poderosos da indústria e mesmo poderosos da Igreja.

Ter bons líderes é proveitoso, evidentemente, mas, em última análise, não podemos basear a nossa esperança no futuro dos líderes humanos de qualquer categoria –  não só porque todos os humanos, inclusive nós, somos falíveis, fracos e sujeitos a errar, mas, mais importante ainda, porque ninguém de nós, individual ou coletivamente, é poderoso ou onisciente o bastante para salvar o mundo.

Também não podemos colocar toda a nossa esperança e confiança nas instituições humanas de qualquer natureza: partidos políticos, igrejas, governos ou fornecedores de energia elétrica. Todos podem cometer erros e falhar. E também não podemos assentar a nossa esperança com relação ao futuro em qualquer tipo de ideologia: as ideologias do socialismo, do livre mercado, ou mesmo da democracia.

Colocar toda a nossa esperança e confiança em Deus, significa que, embora possamos valorizar e apreciar as contribuições de poderosos, instituições e ideologias, no fim, simplesmente, não os assumimos como fundamento absoluto e inabalável das nossas esperanças com relação ao futuro. O que estamos começando a descobrir hoje é precisamente até que ponto todas essas coisas não merecem confiança.

A tentação derradeira é não confiar em ninguém, a não ser em si mesmo. “Tenho a impressão de ser o único que sabe o que é melhor para o mundo. Ah, se me ouvissem! ”Por outro lado, se não confiamos em ninguém ou em nada, nem mesmo em nossas próprias ideias, a vida se torna totalmente impossível. Preciso depositar certa medida de confiança no comandante que pilota o avião, nos cientistas que criaram o remédio que me foi receitado ou no médico que faz o diagnóstico da minha doença. Eles não são infalíveis, e eu assumo um risco calculado de confiar neles. Mas em última análise, não posso depositar toda a minha esperança e confiança em nenhum deles nem mesmo em mim próprio.

Naturalmente, há pessoas cuja confiança em Deus também é pouco salutar. Ela pode se tornar um pretexto, um modo de fugir à necessidade de agir com sensatez e determinação. Muito depende da ideia que fazemos de Deus. Mas muito também depende daquilo em que depositamos nossa esperança. Vivemos em tempos de desespero, não só porque as pessoas construíram suas esperanças sobre a areia movediça, mas também porque muitos estiveram esperando por coisas erradas.

Em Que Esperamos?

O objeto da esperança cristã é a vinda do Reino de Deus, do poder de Deus na terra. No Pai-Nosso, oramos: “Venha a nós o teu reino, seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu”. Nossa esperança é que a vontade de Deus seja feita aqui na terra.

Muitas pessoas, hoje, acham difícil avaliar a ideia da vontade de Deus. Outras se apressam a pensar que sabem exatamente o que Deus quer e como será o seu reino. Podemos ter certeza de uma coisa, porem: a vontade de Deus não é arbitrária. Quando dizemos a “minha” vontade, muitas vezes nos referimos a alguma coisa arbitrária, à minha escolha arbitrária sobre o que deve ser feito. Impor essa escolha a outras pessoas seria decididamente uma atitude opressora.

A vontade de Deus é diferente. O que Deus quer é sempre o bem comum. O que Deus quer é o que é melhor para todos nós, o que é melhor para a criação toda. Naturalmente, nem sempre é fácil para nós avaliar o que é melhor para todos. Mas, se as nossas tentativas consistem em fazer, o quanto possível, tudo o que for para o bem comum, estamos fazendo a vontade de Deus, e, nessa medida, a vontade de Deus está sendo feita na terra. Alguns dirão que o melhor para todos não será o melhor para eles como indivíduos, e que o melhor para eles entrará em conflito com as necessidades de outros e com o bem comum. Isso não é verdade. O que é melhor para todos é também o melhor para mim. Em outras palavras, a vontade de Deus é uma forma de dizer que o melhor para todos é melhor também para mim – mesmo que eu ache muito difícil de fazer. Por conseguinte, o objeto da esperança cristã é o bem comum.

O problema com a esperança do passado é que, muitas vezes, ela foi uma esperança de algo que não servia para o bem comum de todos os seres humanos e de toda a criação. O objeto dessas esperanças tem sido, com frequência, egoísta e interesseiro, egocêntrico e estreito: esperança de um futuro melhor para mim mesmo, para a minha família e para o meu país às custas de outras pessoas; esperanças de crescimento econômico e de um padrão mais elevado de vida para alguns, em detrimento de outros. Essa não é a vontade de Deus ou o bem comum.

Confiança na Ação Divina

Quando trabalhamos para o bem comum (e muitas pessoas estão fazendo isso em todo o mundo), nosso trabalho se transforma em participação na ação divina. Vimos que, como cristãos, o fundamento da nossa esperança é Deus e que o objeto da nossa esperança é a vontade de Deus. Mas talvez seja mais adequado dizer que a razão da nossa confiança é a ação de Deus. Deus está –  e sempre esteve – em ação em todo o universo. Foi ele quem deu origem a tudo o que existe e quem mantém tudo em movimento progressivo na imensa expansão do universo. Deus esteve em ação durante toda a história humana e continua envolvido no mundo da política, da economia e da religião –  para não mencionar o que chamamos de natureza. E por fim, mas não menos importante, Deus está em ação em você e em mim. Não há área da vida da qual Deus possa ser excluído. Isso não significa que tudo é bom e que nós não somos responsáveis pelo que acontece em nossa vida. Obviamente, muita coisa está errada e, poderíamos até dizer, é malévola. Mas Deus permanece envolvido de maneiras que para nós são absolutamente misteriosas.

Em última análise, a causa de tudo o que está errado ou é pecaminoso ou mau é o egoísmo humano. Não podemos aprofundar essa questão agora, mas podemos buscar coragem na crença de que Deus, não obstante, está em ação e que, de algum modo, tudo irá mudar, finalmente, quando a vontade de Deus for feita na terra como é feita no céu. A ação de Deus não pode falhar, ela é totalmente confiável. A esperança cristã – que é a esperança que Jesus nos ensinou e que significa confiar totalmente na ação de Deus em todas as coisas –  significa confiar na bondade da grande expansão do universo da qual fazemos parte.

Onde está o Seu Deus?

Fundamentalmente, portanto, tudo depende da nossa fé em Deus e na ação poderosa dele. A esperança se baseia na fé –  fé em Deus. Se nossa fé for fraca, nossa esperança será vacilante. Como Jesus repetiu várias vezes: “Tua fé te salvou”.

O problema hoje é que não é fácil acreditar em Deus, ou antes, compreender o que a fé em Deus pode significar.  Apesar disso, alguns aspectos relacionados a Deus estão se tornando mais claros. Por exemplo, no tocante ao grande problema do sofrimento no mundo, passamos de uma visão de Deus como causa desse sofrimento para uma visão de Deus como alguém que permite que as pessoas sofram, como alguém que está sofrendo conosco. Deus se encontra entre as vítimas da injustiça, entre aqueles contra quem pecamos, entre os pobres e marginalizados, entre os doentes e os excluídos.

Foi isso que Jesus nos ensinou. Esse é o sentido da crucificação. Jesus foi vítima da crueldade humana. Mas qual é a utilidade de um Deus impotente, sofredor? Como podemos depositar toda a nossa esperança e confiança num Deus assim? Podemos e devemos, porque Deus é poderoso – Todo-Poderoso –  não com o poder da força ou da coerção, mas com o poder da compaixão e do amor.  O poder opressor da força bruta e da violência não pode ser a base da esperança cristã. Esse não é o poder de Deus nem o modo de agir dele.

Como mencionei acima, esperamos contra toda esperança. Continuamos a esperar mesmo quando não há sinais visíveis de esperança. Reconhecemos a escuridão e o evidente desespero da situação atual e colocamos toda nossa confiança em Deus. Então, aos poucos, à medida que nossos olhos se adaptam à escuridão do desespero, começamos a ver as formas emergentes ou os contornos da grande e misteriosa ação de Deus –  o dedo de Deus, nas palavras de Jesus. Esses são os sinais paradoxais do tempo que só se tornam visíveis quando acreditamos que Deus está em ação no mundo, quando aprendemos a ver a vida com uma atitude de esperança.

Restam alguns minutos para alguns exemplos tomados ao acaso. (1) Um destacado ativista da paz diz que a guerra no Iraque, muito noticiada em todo o mundo, produziu um aumento exponencial no número de pessoas envolvidas ativamente no movimento pela paz no mundo inteiro. Será esse o dedo de Deus extraindo o bem do mal? (2) O terrível sofrimento de milhares de pessoas em conflitos violentos, terremotos, tsunamis e pandemias, como a do vírus HIV, pode levar alguns ao desespero, mas também produz ondas gigantescas de compaixão. Mais que de qualquer outra coisa, é de compaixão que o mundo precisa. Será essa a enigmática ação de Deus? (3) A recente derrocada de tantos bancos e empresas foi mundialmente atribuída à ganância dos super-ricos. Até agora, os super-ricos eram heróis. Eles chegaram ao extremo. Mas agora não são apenas os pobres que os veem como culpados, criminosos por cuja ambição todos temos de pagar. Será essa forma de descoberta ação da misteriosa providência de Deus? (4) A reação de milhares de católicos aos escândalos de abuso sexual, sua preocupação com as vítimas e com a insensibilidade de alguns líderes da Igreja contribuíram de modo determinante para uma nova percepção do quanto a Igreja precisa mudar. Terá sido essa, talvez, uma culpa feliz, uma ventura na desventura? (5) E teria a conclamação de Barack Obama a favor da mudança recebido resposta tão estrondosa nos Estados Unidos e em outros países se não tivesse sido precedida pela insensatez conservadora de George W. Bush e seus assessores?

Mas acima de tudo fico me perguntando se Deus não estará usando os atuais tempos de desespero para nos provocar a levá-lo mais a sério, como a única base para a esperança no mundo. Estará Deus escrevendo reto por linhas tortas, como diria Santo Agostinho?

E não é em torno disso que gira a morte e ressurreição de Jesus? A morte de Jesus, e especialmente sua morte vergonhosa por crucificação, mergulhou os seus discípulos e muitos outros em um estado de desespero. Na estrada de Emaús, dois discípulos diziam, “Nós esperávamos que fosse ele quem iria redimir Israel”. Mas sua rejeição pelos líderes, pelo sumo sacerdote e pelo povo acabou com todas essas esperanças. Na cruz, o próprio Jesus se sentiu abandonado por Deus: “Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste? ”

Todavia, os que continuaram confiando em Deus, apesar de tudo isso, como o próprio Jesus fizera, aos poucos passaram a ver o dedo de Deus em ação nessa terrível tragédia. Começaram a ver que Jesus estava vivo e ativo de um modo surpreendentemente novo: que havia ressuscitado dos mortos e que seu Espírito estava agora neles; que a cruz não era um fracasso total; que, paradoxalmente, ela era o triunfo da ação de Deus no mundo, nossa salvação e nossa esperança no futuro.

De novo temos aqui Deus escrevendo reto por linhas tortas.

Essa é a razão porque, para nós, cristãos, a ressurreição é o grande símbolo da nossa esperança. A ressurreição não é a base da nossa esperança. A base da nossa esperança é Deus, somente Deus. A ressurreição é o dedo de Deus que podemos ver em ação quando depositamos toda a nossa esperança e confiança nele, quando começamos a ver vagamente na escuridão que Jesus ainda está em ação em nosso mundo.

O importante a longo prazo, porém, não é só termos esperança, mas agirmos com esperança. A contribuição mais valiosa que podemos dar em nosso tempo de desespero é continuar, por causa da nossa fé, a agir com esperança e assim sermos um estímulo para aqueles que perderam toda a esperança.

Esta palestra (ligeiramente ampliada) foi proferida em 15 de novembro de 2008 quando a Ordem dos Dominicanos outorgou a Albert Nolan, teólogo católico sul-africano, o título de Mestre em Teologia Sagrada.

Obras de Nolan em Português

Além da obra de título homônimo desta palestra (editada pela Paulus), duas outras são extraordinárias:

“Jesus Antes do Cristianismo” e “Jesus Hoje” (ambas editadas pelas Paulinas)

Júlio Borges de Macedo Filho

PASTOR JULIO BORGES DE MACEDO FILHO Piauiense de Curimatá, 72 anos com 48 de pastorado, filho de Julio Borges de Macedo e Arquimínia Guerra de Macedo, é o sétimo filho de uma família de onze irmãos. Casou-se, há 48 anos no dia de sua ordenação ao ministério pastoral, com a professora Gislene Rodrigues Lemos de Macedo e tiveram quatro filhos: Juliene, Jusiel (falecido), Julinho e Julian. Agora Deus lhe deu a primeira neta chamada Sarah, de apenas 8 anos. Concluiu o curso de Bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil, em Recife. Formou-se em 1969 e foi ordenado ao ministério pastoral no dia 22 de fevereiro do mesmo ano. Pastoreou as seguintes igrejas: Igreja Batista do Rio Largo – AL (1969 a 1972), Primeira Igreja Evangélica Batista de Teresina – PI (1972 a 1978), Primeira Igreja Batista de Ilhéus – BA (1978 a 1979), Terceira Igreja Batista do Plano Piloto – Brasília (1979 a 1989), Igreja Batista Noroeste de Brasília (interinamente em 1985), Primeira Igreja Batista de Curimatá – PI (interinamente em 2000), e desde 1989, a Igreja Cristã de Brasília. Tomou a iniciativa para a organização das seguintes igrejas: Primeira Igreja Batista de Picos –PI, Igreja Batista do Lago Norte – Brasília, Igreja Batista Noroeste de Brasília (hoje, Igreja Batista Viva Esperança), e a Igreja Cristã de Brasília. Ordenou cerca de 20 pastores e uma pastora, consagrou dezenas de diáconos e diaconisas por onde passou, e celebrou mais de 500 casamentos. É considerando no Distrito Federal um pastor de pastores. Líder denominacional foi presidente da Convenção Batista Alagoana, da Convenção Batista do DF (três vezes), do Conselho de Pastores Evangélicos dos DF (duas vezes); participou de vários organismos batistas como o Conselho de Planejamento e Coordenação da Convenção Batista Brasileira, das juntas administrativas do Seminário Teológico Batista Equatorial e do Seminário Teológico Batista do Norte do Brasil; e por 20 anos foi professor da Faculdade Teológica Batista de Brasília ensinando as seguintes disciplinas: Estudos de problemas brasileiros, ética cristã, teologia pastoral, teologia contemporânea, ministério urbano, teologia bíblica do Antigo Testamento, e homilética. Como teólogo produziu muitos artigos, teses, e palestras nos mais diferentes lugares, e participou de muitos congressos, seminários, fóruns, retiros, entre eles o Congresso Internacional Lousane II realizado em Manila, Filipinas em 1989. Foi orador de várias assembléias convencionais, e pregou em muitos congressos e igrejas por todo o Brasil. Como poeta e escritor já gestou e publicou cinco livros (Missão da Igreja e responsabilidade social, Voando nas asas da fé, Um sonho coberto de rosas, Suave perfume, e Uma grande mulher), tem quatro prontos para publicação, e está grávidos de mais dez livros que espera escrever e publicar nos próximos oito anos. Na área política assessorou deputado Wasny de Roure, por muitos anos, tanta na CLDF como na Câmara dos Deputados; assessorou por pouco tempo os deputados distritais Peniel Pacheco e Arlete Sampaio; o Ministro da Educação, Cristovam Buarque, como chefe da Assessoria Parlamentar do MEC, e depois assessor parlamentar do Senador Cristovam Buarque. Nesta área produziu muitos escritos sobre os evangélicos e a política, fez inúmeras palestras, promoveu muitos seminários, e foi fundador e coordenador de vários fóruns, entre eles o Fórum Político Religioso do PT, o Fórum Religioso de Diálogo com GDF, o Fórum Cristão do PT Chegou a Brasília em junho de 1969 e, desde então, a elegeu como sua cidade do coração. Agora, aposentado, deseja dedicar-se a apenas duas atividades essenciais: pastorear graciosamente a Igreja Cristã de Brasília e Brasília, e escrever apaixonadamente. Sua grande ênfase ministerial tem sido o amor cristão, a graça maravilhosa de Deus revelada em Jesus Cristo, a responsabilidade social das igrejas e dos cristãos, e o ministério urbano da igreja.

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