IMPOSTO SOBRE O PECADO
IMPOSTO SOBRE O PECADO
“Porque o amor do dinheiro é a raiz de todos os males”
Apóstolo Paulo em 1 Timóteo 6:11
O ministro da economia Paulo Guedes, que é quem realmente governa hoje no Brasil, tem algumas frases boas e outras pequenas: “A pobreza é a maior inimiga do meio ambiente…”; “O que o pobre quer fazer na universidade? Somente onera o estado”; “Lula, a julgar pelo seu patrimônio, não roubou nada”; “O funcionário Público é um parasita”, Com o câmbio baixo “todo mundo indo pra Disneylândia. Empregada doméstica indo pra Disneylândia. Uma festa danada. ”, etc. A insensibilidade social e o desprezo pelos pobres do rico e poderoso ministro é clara já que ele só pensa nos ricos, mas em Davos ele falou recentemente em “imposto sobre o pecado” e isso me chamou a atenção. Constatei que ele se referia apenas em aumentar imposto de cigarro e bebida… Seria um milagre que o representante do sistema financeiro mundial falasse em taxar os ricos e combater duramente a sonegação fiscal dos bilionários. Eis o maior pecado da economia brasileira e mundial: a acumulação iníqua de riquezas nas mãos de poucos semeando a pobre e a miséria de milhões. Razão tinha, portanto, o Apóstolo: “O amor do dinheiro é a raiz de todos os males.”
O governo de centro direita do Chile conseguiu fazer uma boa Reforma Tributária com um amplo pacto político após as gigantescas manifestações populares protestando contra os impostos à classe trabalhadora, aos aposentados, as injustiças sociais e acumulação de riquezas nas mãos dos ricos e as discriminações. Com a reforma, em cada 10 dólares de imposto, 6 dólares vão sair agora dos ricos e ainda diminuiu imposto dos aposentados. Com isso o governo pretende desenvolver programas sociais que diminuam as injustiças e melhorem a condição do povo. O Chile está colocando em prática o capitalismo social ou o socialismo liberal que admite o livre empreendimento. Aqui no Brasil, com uma iniquidade social que clama aos céus, o governo, com seu neoliberalismo perverso, favorece os ricos e penaliza os pobres e trabalhadores e ainda tem o desplante de usar o nome de Deus e de Jesus Cristo, o que é um escárnio.
O bilionários brasileiros não cedem nada desde que dominaram o Brasil. Até mesmo na abolição da escravidão foram indenizados pelo estado. Eles estão dispostos a tolerar um governo medíocre como o que está aí desde que façam o que eles querem. Por isso estão felizes com a entrega do nosso patrimônio com as privatizações. Sonegam impunemente e lucram descaradamente. O imposto sobre esse pecado seria bem-vindo para acabar com a miséria e a pobreza que atinge milhões de brasileiros. Se isso não acontecer os acomodados brasileiros podem ir às ruas simplesmente por não mais suportarem a opressão dos gananciosos ricos e seus subalternos.
Julio Borges Filho