MULHERES CRISTÃS EM MARCHA
MULHERES CRISTÃS EM MARCHA
Julio Borges Filho
Neste domingo 8 de março, Dia Internacional de Luta das Mulheres, mulheres cristãs (católicas e evangélicas) saem em marcha por todo o Brasil com um lema desafiador em São Paulo: CRISTÃS NAS RUAS CONTRA O FASCISMO. Oprimidas durante milênios pelo machismo, as mulheres encontram no Magnificat, o cântico de Maria, a grande mãe de Jesus, sua carta magna de libertação apoiada plenamente por Jesus Cristo. No cristianismo as mulheres foram oprimidas, mas só agora a teologia feminista restaura e plena igualdade entre os sexos do projeto original do Criador (Gênesis 1:27). Hoje, aqui no Brasil, 40% das católicas são feministas e 39% das evangélicas, e eu tenho um santo orgulho de ver uma de suas líderes mais ativas e inteligentes (Ádila) como membro de minha igreja. E, nesse momento, em que o feminicídio e a violência contra a mulher aumentam no Brasil, o silêncio seria um pecado.
Deixemos Maria cantar o cântico que, segundo Stanley Jones, é o documento mais revolucionário da civilização ocidental:
“A minha alma engrandece ao Senhor,
e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador,
porque contemplou na humildade de sua serva.
Pois, desde agora todas as gerações
me considerarão bem-aventurada,
porque o Poderoso me fez grandes coisas,
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia vai de geração em geração
sobre os que o temem.
Agiu com seu braço valorosamente;
dispersou os que, no coração,
alimentavam pensamentos soberbos.
Derrubou de seu trono os poderosos
e exaltou os humildes.
Encheu de bens os famintos
e despediu vazios os ricos.
Amparou a Israel, seu servo,
a fim de lembrar-se de sua misericórdia
a favor de Abraão e de sua descendência, para sempre,
como prometera aos nossos pais.
Observa-se, numa rápida leitura do Magnificat, que Maria reconhece o senhorio de Deus sobre a história, e fala de três revoluções promovidas por Deus com a participação humana: a revolução moral – dispersou os que, no coração, alimentavam pensamentos soberbos; a revolução política e social – derrubou de seu trono os poderosos e exaltou os humildes; e a revolução econômica – encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.
Por isso, neste Dia Internacional da Mulher, espero que a revolução feminina proposta pela maior de todas as mulheres alcance pleno êxito no engajamento das mulheres de todas as idades num movimento libertário no Brasil e no mundo. E os homens libertos do preconceito e da intolerância devem apoiá-las.
Avante, mulheres cristãs!… Vocês são maioria em nossas igrejas, e as mulheres são maioria na sociedade. Façam ouvir sua voz e valer sua força..